Café: Cotações do arábica buscam direcionamento na Bolsa de Nova York nesta 5ª feira à espera novidades no quadro fundamental
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) seguem operando com volatilidade na tarde desta quinta-feira (29). Os principais vencimentos registraram oscilações nos dois lados da tabela, em busca de direcionamento diante da falta de novidades no quadro fundamental.
Às 11h57 – pelo horário de Brasília – os vencimentos registravam leves ganhos, após iniciar o dia em campo negativo. O contrato dezembro/16 era cotado a 153,25 cents/lb, com ganhos de apenas 15 pontos, assim como março/17 que era negociado a 156,55 cents/lb. O vencimento maio/17 também anotava valorização de 15 pontos, com 158,65 cents/lb.
O mercado segue sem direcionamento, assim como nos últimos dias, após testar as máximas de 19 meses na última semana. Além disto, esteve repercutindo o cenário climático no cinturão produtivo no Brasil e mudanças no câmbio diante das perspectivas da economia americana.
O analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, aponta que as bolsas internacionais seguem operando lateralizadas. No curto prazo, pode ocorrer alguma mudança no câmbio, com a virada do mês no final da semana, assim como habitual para o período.
No Brasil, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,220, com recuo de 0,06% – após registrar ganhos no último fechamento. Segundo informações do G1, o mercado passou a repercutir informações sobre o PIB dos Estados Unidos, que foi divulgado pela manhã. Diante dos dados atuais, o financeiro aposta no aumento de juros no final do ano pelo país norte-americano.
No quadro climático, institutos de meteorologia apontam para tempo seco e quente na maior parte das regiões produtoras do Paraná, Sudeste e Bahia. Além disto, uma nova frente fria deve se aproximar apenas no final de semana nestas áreas, trazendo precipitações.
O engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, Marcelo Jordão Filho, explica que a condição de clima mais seco pode piorar ainda mais a condição das lavouras, que devem florescer nos próximos dias. "As lavouras têm apresentado bastante desfolha por conta das altas temperaturas nas principais regiões produtoras. Em Franca (SP), por exemplo, o déficit hídrico está em cerca de 90 milímetros e se isso continuar pode dificultar o pegamento da florada nas lavouras que ela já apareceu", afirma.