Café: Bolsa de NY dá sequência aos ganhos da véspera nesta manhã de 3ª feira e registra US$ 1,55/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de terça-feira (20) e estendem os ganhos registrados da sessão anterior, que foram de mais de 400 pontos, com o mercado repercutindo as incertezas em relação à oferta global do grão devido ao clima seco nas principais origens produtoras do Brasil. Além disso, ajustes técnicos também favoreceram o fechamento no campo positivo no mercado.
Também repercute sobre os preços externos do arábica as incertezas em relação à safra 2017/18 e sobre os estoques nos países importadores e exportadores do grão. "Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney na semana passada.
Por volta das 09h13, o contrato dezembro/16 registrava 153,30 cents/lb com 50 pontos de alta, o março/17 tinha 156,30 cents/lb com 30 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 158,05 cents/lb também com 25 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 159,90 cents/lb com 40 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de NY inicia semana com alta acima de 400 pts com preocupações com oferta global e ajustes técnicos
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram alta de cerca de 400 pontos nesta segunda-feira (19) e voltaram a ficar próximos do patamar de US$ 1,55 por libra-peso após registrarem queda acumulada de cerca de 2% na semana passada. O mercado segue atento às incertezas em relação ao potencial produtivo da próxima temporada, mas também repercute o câmbio e realiza ajustes técnicos.
O contrato setembro/16 registrou 151,50 cents/lb com 440 pontos de alta, o dezembro/16 teve 152,80 cents/lb com 440 pontos de avanço. Já o contrato março/17 estava cotado a 156,00 cents/lb com 435 pontos de avanço e o maio/17, mais distante, anotou 157,80 cents/lb com 425 pontos de valorização.
De acordo com o analista de mercado João Santaella, a alta expressiva no terminal externo nesta segunda-feira foi motivada pela apreensão dos operadores com a oferta global do grão devido ao clima seco nas principais origens produtoras do Brasil. Além disso, ajustes técnicos também favoreceram o fechamento no campo positivo no mercado.
A Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) já relata preocupações com a safra 2017/18 do Brasil. "Em visitas pelas principais regiões produtoras já se percebe que a safra do próximo ano será entre 15% e 20% menor no arábica e no robusta por conta do clima. Isso se as condições se normalizarem. Do contrário, as perdas podem ser ainda maiores", o superintendente de comercialização da Cooxupé, Lúcio Dias.
Durante a sessão desta segunda, o dólar comercial chegou a recuar acompanhando o avanço nos preços do petróleo e as incertezas em relação ao anúncio do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sobre sua política monetária e também deu suporte aos preços. No entanto, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 0,32%, vendida a R$ 3,2783. O dólar tende a impactar as exportações da commodity.
Também repercute sobre os preços externos do arábica as incertezas em relação à safra 2017/18 e sobre os estoques nos países importadores e exportadores do grão. "Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney na semana passada.
Já o Rabobank, outro importante banco especializado em commodities, informou recentemente que os estoques de café "visíveis" – definidos como os da Europa, Japão e EUA, além de estoques não-agrícolas do Vietnã – "estão em níveis recordes".
Os estoques de café verde dos Estados Unidos caíram 110,47 mil sacas de 60 kg no mês de agosto, totalizando cerca de 6,20 milhões de sacas. Antes disso, em julho, o volume armazenado do grão foi o maior do ano, com 6,31 milhões de sacas. A informação foi divulgada em relatório na quinta-feira (15) pela GCA (Green Coffee Association).
Mercado interno
Seguem lentos os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil, apesar de valorização nos preços por conta dos rumores de que a florada da próxima safra brasileira de arábica seja novamente prejudicada. "O setor produtivo continua estrangulando a liquidez nos mercados a espera de fatos novos e isso vem contribuindo para que os preços vigentes ganhem sustentação", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 1,69%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com avanço de 1,90% e saca a R$ 535,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 595,00 a saca e alta de 2,94%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca – estável e Varginha (MG) com alta de 0,95% e saca a R$ 530,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com R$ 510,00 a saca e avanço de 2,00%.
Na sexta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,98 e queda de 0,39%.