Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta tarde de 4ª, mas continua na casa de US$ 1,45/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (24). O mercado realiza ajustes técnicos após avançar nas últimas quatro sessões repercutindo as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil diante das intempéries climáticas no cinturão produtivo do país.
Por volta das 12h08, o contrato setembro/16 registrava 144,00 cents/lb com 130 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 145,95 cents/lb também com 130 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,10 cents/lb e o maio/17 anotava 151,00 cents/lb, ambos com 135 pontos de desvalorização.
Com a valorização nos últimos dias, as cotações do arábica na ICE voltaram a ficar próximas do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Com isso, analistas já esperavam que o mercado pudesse realizar ajustes técnicos. "As bolsas para o café operam com leve baixa em ajustes de posições", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O cinturão produtivo de café do Brasil recebeu altos volumes de chuvas no último final de semana que favoreceram a florada da safra 2017/18. Porém, os cafeicultores temem que as plantas possam ter seu potencial produtivo comprometido para o próximo ano caso as condições climáticas mudem nos próximos dias. Alguns operadores também estavam bastante atentos à onda de frio na madrugada de segunda (22). Mas áreas produtoras do grão não foram afetadas.
De acordo com mapas climáticos, as temperaturas tendem a subir nas áreas produtoras de café nos próximos dias. Porém, no Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais e Sul da Bahia chuvas fracas e dispersas não estão descartadas.
Além dos ajustes técnicos, o mercado também segue atento ao câmbio. Após abrir o dia em alta, o dólar comercial passou a cair nesta quarta repercutindo a aprovação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. Operadores também aguardam com ansiedade a divulgação do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos. Às 11h39, a moeda norte-americana caía 0,09%, a R$ 3,2305 na venda.
No mercado físico nacional, seguem lentos os negócios com café. "O clima tira o sono do setor. Depois da seca, agora é a vez do frio e ventos fortes no Espírito Santo e Sul da Bahia e de chuvas em algumas regiões produtoras de arábica. Preços internos frágeis", explicou ontem (23) Marcus Magalhães.
Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,62 com alta de 1,48%.