Café: Após alta de 500 pts na véspera, NY opera praticamente estável nesta tarde de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta tarde de terça-feira (23) após iniciarem o dia do lado vermelho da tabela. Na véspera, os preços externos da variedade avançaram cerca de 500 pontos e voltaram a ficar próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso repercutindo as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil, impactada pelo clima.
Por volta das 11h28, o contrato setembro/16 registrava 143,65 cents/lb com 45 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 146,60 cents/lb com 20 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,85 cents/lb com 25 pontos de valorização e o maio/17 anotava 151,75 cents/lb com 20 pontos positivos.
Nas últimas sessões, as cotações do arábica avançaram e ficaram próximas do patamar de US$ 1,50/lb repercutindo as condições climáticas adversas no cinturão produtivo do Brasil. As chuvas no final de semana favoreceram a abertura de floradas no cinturão produtivo do Brasil. Porém, o tempo deve ficar mais quente e seco a partir da segunda metade desta semana. Com isso, os cafeicultores temem que as plantas possam ter seu potencial produtivo comprometido na safra 2017/18.
Além disso, o próximo ano promete ser de bienalidade baixa para a maioria das plantações brasileiras, o que já incide em menor produção. Alguns operadores também estavam bastante atentos à onda de frio na madrugada de ontem (22). Mas áreas produtoras do grão não foram afetadas.
Com essas informações fundamentais perdendo forças, o mercado passa a realizar ajustes naturais e que já eram esperados por analistas de mercado. "As bolsas para o café operam em leve baixa em realizações de lucros", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Após iniciar o dia em baixa, o dólar comercial registra leve valorização nesta terça-feira à espera das declarações do presidente do Banco Central no Senado Federal. Às 11h30, a moeda norte-americana subia 0,05%, vendida a R$ 3,203. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, mas derruba os preços externos.
No Brasil, os negócios com café seguem limitados com os produtores à espera de melhores de patamares. "O mercado interno do café deverá ter dia lento. Preços internos frágeis", explica Marcus Magalhães. Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,52 com alta de 1,09%.