Café: Após alta de 500 pts na véspera, NY opera praticamente estável nesta tarde de 3ª feira

Publicado em 23/08/2016 12:13

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta tarde de terça-feira (23) após iniciarem o dia do lado vermelho da tabela. Na véspera, os preços externos da variedade avançaram cerca de 500 pontos e voltaram a ficar próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso repercutindo as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil, impactada pelo clima.

Por volta das 11h28, o contrato setembro/16 registrava 143,65 cents/lb com 45 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 146,60 cents/lb com 20 pontos de avanço. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,85 cents/lb com 25 pontos de valorização e o maio/17 anotava 151,75 cents/lb com 20 pontos positivos.

Nas últimas sessões, as cotações do arábica avançaram e ficaram próximas do patamar de US$ 1,50/lb repercutindo as condições climáticas adversas no cinturão produtivo do Brasil. As chuvas no final de semana favoreceram a abertura de floradas no cinturão produtivo do Brasil. Porém, o tempo deve ficar mais quente e seco a partir da segunda metade desta semana. Com isso, os cafeicultores temem que as plantas possam ter seu potencial produtivo comprometido na safra 2017/18.

 Além disso, o próximo ano promete ser de bienalidade baixa para a maioria das plantações brasileiras, o que já incide em menor produção. Alguns operadores também estavam bastante atentos à onda de frio na madrugada de ontem (22). Mas áreas produtoras do grão não foram afetadas.

Com essas informações fundamentais perdendo forças, o mercado passa a realizar ajustes naturais e que já eram esperados por analistas de mercado. "As bolsas para o café operam em leve baixa em realizações de lucros", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Após iniciar o dia em baixa, o dólar comercial registra leve valorização nesta terça-feira à espera das declarações do presidente do Banco Central no Senado Federal. Às 11h30, a moeda norte-americana subia 0,05%, vendida a R$ 3,203. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, mas derruba os preços externos.

No Brasil, os negócios com café seguem limitados com os produtores à espera de melhores de patamares. "O mercado interno do café deverá ter dia lento. Preços internos frágeis", explica Marcus Magalhães. Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,52 com alta de 1,09%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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