Café: Em visita à Cooxupé, Maggi pede que setor seja mais consensual em suas demandas e anuncia recriação de Departamento

Publicado em 18/08/2016 16:56

O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, pediu que a cafeicultura brasileira seja mais consensual em suas demandas para que o governo possa atendê-las da melhor forma possível. "Temos essa dificuldade no Ministério. Como é uma das atividades mais antigas, tem vários segmentos que representam o café", ressaltou Maggi durante visita à Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) nesta quinta-feira (18). Durante o encontro, também foi anunciada a recriação do Departamento de Café.

Maggi ressaltou que no caso da soja, por exemplo, apenas a Aprosoja representa o setor no Brasil todo e que isso facilita com que as demandas gerais sejam mais claras e, consequentemente, mais fáceis de serem compreendidas pelo governo. "Já conversei com o Silas Brasileiro [presidente do CNC (Conselho Nacional do Café)] e outros representantes do setor para pensarmos isso para o futuro", afirma. Por outro lado, Maggi também se comprometeu a conhecer mais o segmento a fim de verificar suas necessidades.

Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, visita Cooxupé nesta quinta-feira

Blairo Maggi esteve na Cooxupé, que é a maior cooperativa de café do mundo, com cerca de 13 mil cooperados, durante toda esta quinta-feira. Visitou fazendas de produtores na região Sul de Minas, conheceu as instalações da cooperativa e se reuniu com cafeicultores e lideranças do setor. O ministro ficou 'maravilhado' com o que conheceu na área de abrangência da Cooxupé devido à capacidade tecnológica e produtiva da região.

Também estiveram na Cooxupé nesta quinta-feira os secretários Neri Geller (Política Agrícola), Luis Rangel (Defesa Agropecuária), Eumar Novacki (secretário executivo) e o assessor especial do ministro, Sérgio De Marco.

Durante a visita do ministro, o presidente-executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro (MG), cumprimentou Blairo Maggi pela decisão de recriar o departamento que cuida dos assuntos da cafeicultura no Mapa. Ressaltou ainda que o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberou este ano R$ 4,6 bilhões. "O dinheiro está sendo repassado aos agentes financeiros e está à disposição dos produtores. Esses recursos ajudam a gerar renda para o setor", observou o parlamentar.  

O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, sublinhou que o agronegócio hoje impulsiona a economia brasileira. Segundo ele, a importância da cafeicultura para o país vai além da contribuição para o superávit da balança comercial. "O setor também tem grande função social por ser gerador de empregos e distribuidor de renda. A Cooxupé é um exemplo disso", enfatizou, assinalando que 97% dos associados da cooperativa são pequenos produtores familiares.  

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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