Café: Bolsa de Nova York perde cerca de 100 pts nesta tarde de 5ª feira, mas se mantém acima de US$ 1,40/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quinta-feira (11) em ajustes técnicos e com os operadores atentos ao câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. Ainda assim, os principais vencimentos se mantém acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
Às 12h08, o vencimento setembro/16 registrava 137,50 cents/lb com 115 pontos de queda, o dezembro/16 tinha 141,10 cents/lb com 125 pontos de baixa. Já o contrato março/17 anotava 144,35 cents/lb e o maio/17 estava cotado a 146,25 cents/lb, ambos com 120 pontos negativos.
Na sessão anterior, o arábica na ICE teve queda de cerca de 250 pontos e o contrato setembro/16 fechou abaixo de US$ 1,40/lb. As cotações recuaram na véspera com rolagens de posição e ajustes técnicos também sendo registrados. Nesta quinta, além da parte técnica, o mercado também sente a pressão do câmbio.
Após ter fechado em queda ontem pela sétima sessão seguida, o dólar comercial avança durante amanhã desta quinta-feira em meio à intervenções do Banco Central. Às 11h09, a moeda norte-americana subia 0,294%, cotada a R$ 3,1414 na venda. O dólar mais alto em relação ao real tende a der maior competitividade às exportações da commodity.
De acordo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), as exportações do país em julho totalizaram 1,91 milhões de sacas. O volume representa uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 2,55 milhões de sacas.
Agências internacionais também reportam que o mercado sente a pressão do avanço da colheita no Brasil e da melhora na qualidade dos cafés que chegam às praças de comercialização do país. "Os negociantes observam que a safra de café do Brasil avançando bem com um grande volume antecipado", reportou ontem a Reuters.
Apesar do avanço dos trabalhos no campo, os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos. O produtor brasileiro ciente da realidade de incerteza em relação à oferta do grão no mercado nos próximos meses aguarda por melhores patamares. Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,52 com queda de 0,94%.