Café: Bolsa de Nova York estende perdas da véspera nesta manhã de 5ª feira e fica abaixo de US$ 1,40
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 150 pontos nesta manhã de quinta-feira (11) e estendem as perdas da sessão anterior ainda realizando ajustes técnicos e com os operadores atentos ao câmbio. Ainda assim, os vencimentos mais distantes no mercado mantém o patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
Por volta das 10h31, o contrato setembro/16 registrava 137,35 cents/lb com 130 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 140,90 cents/lb com 146 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 144,00 cents/lb com 155 pontos de desvalorização, enquanto o maio/17 anotava 145,95 cents/lb com 150 pontos de negativos.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York recua cerca de 250 pts nesta 4ª e setembro/16 fica abaixo de US$ 1,40/lb
Nesta quarta-feira (10), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda próxima de 250 pontos realizando ajustes técnicos. Com isso, o patamar de US$ 1,40 por libra-peso foi perdido no vencimento mais próximo, o setembro/16. Apesar da baixa, os operadores no terminal externo continuam atentos ao câmbio.
O contrato setembro/16 fechou o pregão desta quarta cotado a 138,65 cents/lb com queda de 245 pontos, o dezembro/16 teve 142,35 cents/lb com 240 pontos de baixa. Já o vencimento o março/17 registrou 145,55 cents/lb e o maio/17, mais distante, anotou 147,45 cents/lb, ambos com 240 pontos de desvalorização.
Após fecharem praticamente estáveis na sessão anterior, os futuros do arábica tiveram uma sessão de ajustes técnicos na ICE. "O dia foi marcado por um processo mais forte de rolagens de posição entre os vencimentos futuros tanto em Nova York quanto em Londres", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, que acredita que importantes suportes ainda foram mantidos apesar da queda.
Informações de agências internacionais também dão conta que o mercado sentiu a pressão do avanço da colheita no Brasil e da melhora na qualidade dos cafés que chegam às praças de comercialização do país. "Os negociantes observam que a safra de café do Brasil avançando bem com um grande volume antecipado", reportou a Reuters pela manhã.
Segundo estimativa da Safras & Mercado divulgada na quinta-feira (4), a colheita brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas. Já na maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé), a colheita chegou em 75,3% da área dos cooperados.
» Colheita de café dos cooperadores da Cooxupé atinge 75,3% da área
O clima nos últimos dias favoreceu o avanço dos trabalhos no campo. Porém, os produtores devem ficar atentos para os próximos dias, pois podem ocorrer chuvas fracas e dispersas sobre o Paraná, São Paulo, Sul do Espírito Santo e Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.
O câmbio não exerceu tanta influência sobre o mercado. No entanto, os operadores seguem atentos a esse fundamento uma vez que as oscilações do dólar impactam diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil. A moeda estrangeira encerrou o dia com queda de 0,28%, cotada a R$ 3,1322 na venda repercutindo o mercado externo e a etapa final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Nos últimos meses, apesar de ser um momento de entrada de safra, as exportações de café do Brasil têm recuado tanto em volume quanto em receita por conta do câmbio. Dados divulgados na segunda-feira (1º) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam que as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,73 milhões de sacas em julho, com receita de US$ 271,4 milhões.
Mercado interno
As praças de comercialização do Brasil seguem registrando poucos negócios. O produtor brasileiro ciente da realidade de incerteza em relação à oferta do grão no mercado aguarda por melhores patamares. "Independente de bolsas e dólar, os volumes ofertados não aumentam do lado interno deixando as praças de comercialização e seus envolvidos dentro de um grande vazio de expectativas para curtíssimo prazo", afirma Marcus Magalhães.
O presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, afirmou à Reuters na segunda-feira (8), durante evento em São Paulo, que os produtores da Cooperativa têm relutado em vender o produto abaixo do nível de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, mas o ritmo de comercialização é "normal".
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 590,00 a saca – estável. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,92% e saca a R$ 530,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 500,00 a saca mesmo com queda de 0,99%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 2,05% e saca a R$ 477,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca e queda de 1,92%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 2,10% e saca a R$ 467,00.
Na terça-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 476,01 com queda de 1,59%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou o pregão desta quarta-feira praticamente estável. O contrato setembro/16 anotou US$ 1818,00 por tonelada com queda de US$ 1, o novembro/16 teve US$ 1848,00 por tonelada – estável e o janeiro/17 anotou US$ 1867,00 por tonelada com desvalorização de US$ 1.
Na terça-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,24 com queda de 0,14%.