Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 300 pts nesta 5ª e setembro/16 perde patamar de US$ 1,40/lb
Ainda realizando ajustes técnicos, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registram queda de cerca de 300 pontos nesta tarde de quinta-feira (4). Com isso, o vencimento mais próximo da variedade no terminal externo já perde o patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Na véspera, o mercado recuou cerca de 100 pontos também em movimento técnico.
Às 12h15, o vencimento setembro/16 registrava 137,55 cents/lb com 285 pontos de queda, o dezembro/16 tinha 141,10 cents/lb com 275 pontos de recuo. Já o contrato março/17 estava cotado a 144,15 cents/lb com 280 pontos negativos e o maio/17 anotava 146,05 cents/lb com 270 pontos de desvalorização.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, tudo indica que os ajustes técnicos nas bolsas de café nesta quinta-feira são passageiros. As cotações externas do arábica operam do lado vermelho da tabela pela quarta sessão consecutiva e perderam hoje o patamar de US$ 1,40/lb, que vinha sendo mantido nos últimos dias.
O câmbio, que tem dado pressão aos preços externos do café arábica nos últimos dias, opera praticamente estável nesta quinta. Às 11h40, o dólar comercial recuava 0,76% em relação ao real, cotada a R$ 3,2161. As oscilações da moeda estrangeira impactam diretamente nas exportações da commodity.
No Brasil, a colheita avança nas principais origens produtoras com o clima favorecendo os trabalhos no campo. Segundo estimativa da Safras & Mercado, a brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas.
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Apesar do avanço na colheita, poucas amostras de qualidade chegam ao mercado e a liquidez segue baixa nas praças de comercialização. "Muitos produtores têm optado por negociar o grão de qualidade inferior, que está com preço mais atrativo. Muitas torrefadoras nacionais, inclusive, entram no mercado buscando café arábica de menor qualidade, já que a oferta de robusta é baixa – produtores seguem retraídos, impulsionando ainda mais os preços da variedade", reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP).
Na quarta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,70 com queda de 0,68%.