Café: Bolsa de Nova York perde parte dos ganhos da sessão anterior nesta 2ª e se distancia de US$ 1,50/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 200 pontos nesta tarde de segunda-feira (1º) e perdem metade dos ganhos registrados na sessão anterior. O mercado segue atento às informações sobre a safra do Brasil, mas também sente a pressão do câmbio. Com essa baixa, os vencimentos mais próximos da variedade já voltam a se distanciar do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.
Às 12h12, o vencimento setembro/16 registrava 144,00 cents/lb com queda de 220 pontos, o dezembro/16 tinha 147,25 cents/lb com recuo de 225 pontos. Já o contrato março/17 estava cotado a 150,20 cents/lb com 220 pontos de desvalorização, enquanto o maio/17 anotava 151,75 cents/lb com 235 pontos de baixa.
Após registrar forte queda na sexta-feira, o dólar comercial esboça recuperação hoje com o Banco Central voltando a atuar no mercado de câmbio. Às 11h59, a moeda norte-americana subia 0,64%, cotada a R$ 3,2639 na venda. O dólar mais valorizado ante o real sempre tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.
No geral, o clima tem contribuído para o avanço da colheita da safra 2016/17 no Brasil e os operadores também repercutem isso. Segundo a Safras & Mercado, a colheita brasileira de café estava em 70% até dia 26 de julho. Tomando como base a estimativa da Companhia de 54,9 milhões de sacas de 60 kg para o Brasil nesta safra, é apontado que já foram colhidas 38,27 milhões de sacas.
Segundo mapas climáticos, a semana começa no cinturão produtivo com tempo seco e temperaturas em elevação na maior parte das áreas. No Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, podem ocorreram chuvas fracas e dispersas. As informações são da Somar Meteorologia.
Na sexta-feira (29), todo o volume ofertado de café pela Conab em leilões, de 67 mil sacas, foi arrematado. Os preços de venda do grão, dependendo do lote, variaram entre R$ 441,86 e R$ 455,19 a saca. Durante os próximos meses, a autarquia planeja vender 50% dos estoques públicos brasileiros, totalizando pouco mais de 1,3 milhão de sacas, em leilões quinzenais a fim de reduzir as preocupações com oferta e os altos preços no mercado motivado pela seca.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios não devem esboçar muitas mudanças. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,19 com alta de 0,96%.