Café: Bolsa de Nova York perde todos os ganhos da véspera na sessão desta 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 100 pontos nesta manhã de sexta-feira (29) e perdem todos os ganhos registrados na sessão anterior. O mercado segue atento ao financeiro, mas também repercute as informações sobre o avanço da colheita da safra 2016/17 do Brasil.
Por volta das 09h30, o vencimento setembro/16 tinha 140,90 cents/lb com 125 pontos de queda, o dezembro/16 anotava 144,15 cents/lb com 120 pontos de recuo. Já o contrato março/16 registrava 147,05 cents/lb com 125 pontos de desvalorização e o maio/17 estava cotado 148,75 cents/lb com 130 pontos negativos.
Na sessão anterior, segundo analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o que se viu nos terminais externos foi mais um dia lento e de curtas oscilações. "O atual intervalo mercadológico do arábica, em Nova York, vem sendo acomodado em cerca de 140,00 a 150,00 cents/lb e não há qualquer novidade no front", explica o analista.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Bolsa de Nova York esboça reação após quase perder patamar de US$ 1,40/lb nesta 5ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (28) com alta próxima de 100 pontos nos principais vencimentos com ajustes técnicos sendo realizados no final do dia. O mercado chegou a operar em baixa durante a sessão, mas demonstrou forças quando se aproximava de perder o patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
O vencimento setembro/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 142,15 cents/lb com 95 pontos de alta, o dezembro/16 anotou 145,35 cents/lb com avanço de 100 pontos. O contrato março/17 teve 148,30 cents/lb também com 100 pontos positivos, enquanto o maio/17 registrou 150,05 cents/lb com valorização de 105 pontos.
Apesar do campo positivo prevalecer nas cotações, segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o que se viu nos mercados foi mais um dia lento e de curtas oscilações para a maioria dos ativos negociados. "O atual intervalo mercadológico do arábica, em Nova York, vem sendo acomodado em cerca de 140,00 a 150,00 cents/lb e não há qualquer novidade no front", explica o analista.
Os preços externos do café arábica ficaram do lado vermelho da tabela durante boa parte desta quinta-feira e estendiam as perdas registradas na sessão anterior com os operadores atentos ao câmbio e ao avanço da colheita da safra 2016/17 de café do Brasil. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,2965 na venda com alta de 0,78%.
De acordo com agências internacionais, os operadores externos também repercutem no mercado as incertezas em relação à oferta de café do Brasil na temporada 2016/17 diante do anúncio de venda de estoques públicos pela Conab para amanhã (29).
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"Os leilões de café planejados pela Conab sinalizam um aperto no mercado físico brasileiro, embora o impacto sobre os preços possa ser atenuado pelo fato de o problema ser em grande parte doméstico", disse o analista de commodities agrícolas do Agrimoney, Shweta Upadhyaya, à agência de notícias Reuters.
Segundo a Safras & Mercado, a colheita brasileira de café da safra 2016/17 estava em 70% até dia 26 de julho. Tomando como base a estimativa da Companhia de 54,9 milhões de sacas de 60 kg para o Brasil nesta safra, é apontado que já foram colhidas 38,27 milhões de sacas.
O clima nos últimos dias tem contribuído para o avanço dos trabalhos no campo. Com isso, a colheita está adiantada em relação ao mesmo período do ano passado, quando 66% da colheita havia sido realizada. "As regiões produtoras de arábica continuam com trabalhos tranquilos, já o robusta tem sofrido com chuvas no Sul da Bahia. Inclusive, há até relatos de floradas em alguns municípios", explica Marcus Magalhães.
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Mercado interno
A colheita avança nas principais origens produtoras do Brasil, mas segundo analistas, pouco café tem chegado às praças de comercialização do país até o momento, ainda que os preços tenham apresentado valorização nos últimos dias. "Poucos negócios, preços sustentados e ansiedade elevada vem dando a tônica da cansativa rotina que virou o negócio café", diz Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 9,09%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,02% e saca a R$ 494,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca e baixa de 1,89%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com queda de 2,00% e saca a R$ 510,00.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,63 com queda de 0,33%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou em alta nesta quinta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1806,00 por tonelada com alta de US$ 8, o setembro/16 teve US$ 1813,00 por tonelada com avanço de US$ 9 e o novembro/16 anotou US$ 1835,00 por tonelada com valorização de US$ 11.
Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 418,58 e alta de 0,38%.