Café: Bolsa de Nova York sobe mais de 300 pts nesta tarde de 5ª feira e consolida segundo dia de alta no mercado

Publicado em 14/07/2016 12:41

Após realizarem ajustes técnicos na última terça-feira, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) parecem ter consolidado o campo positivo nesta quinta-feira (14). É a segunda sessão consecutiva de valorização no terminal externo. O financeiro segue dando suporte aos preços futuros da variedade, assim como as incertezas em relação à qualidade da safra 2016/17 do Brasil.

Por volta das 12h20, o vencimento setembro/16 registrava 150,75 cents/lb com 310 pontos de alta, o dezembro/16 anotava 153,65 cents/lb também com 310 pontos de valorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 156,40 cents/lb com 310 pontos positivos, enquanto o maio/17 tinha 157,80 cents/lb com 300 pontos de avanço.

Segundo agências internacionais, mesmo com o avanço da colheita no Brasil, os operadores seguem em dúvida sobre a qualidade dos grãos, afetados pelas condições climáticas adversas nas últimas semanas.

De acordo com a Safras & Mercado, com base em levantamento divulgado na quarta-feira, a colheita no Brasil estava em 58% até o dia 12 de julho. Considerando a produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg estimada pela consultoria, foram colhidas 31,95 milhões de sacas até o momento. Em relação ao ano passado, quando 56% da safra já estava colhida, os trabalhos estão ligeiramente adiantados.

"No arábica, segue a discussão em torno do percentual de queda e a perda de qualidade com a chuvas em junho. A ideia gira entre 20% a 30% da safra do Sul de Minas e Mogiana comprometida com o excesso de umidade", afirmou o analista de mercado Gil Barabach, da Safras & Mercado.

Repercutindo a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara dos Deputados, o dólar comercial opera em queda nesta quinta-feira (14). Às 12h, a moeda norte-americana caía 1,35%, vendida a R$ 3,2302. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja as exportações da commodity, por outro lado, faz com que os preços externos esbocem reação.

Enquanto isso, nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos. Os produtores aguardam melhores patamares e preferem dedicar maior atenção à colheita. Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 507,58 com alta de 0,38%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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