Café: Após se aproximar de US$ 1,55/lb, Bolsa de Nova York passa a cair nesta 3ª feira
Após iniciarem o pregão desta terça-feira (12) com leve alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a recuar em ajustes técnicos após se aproximarem do patamar de US$ 1,55 por libra-peso. Pela manhã, o mercado esboçava alta diante do bom humor nos mercados globais ontem (11) e das incertezas em relação à qualidade da safra 2016/17 do Brasil.
Por 11h55, o vencimento setembro/16 registrava 148,10 cents/lb com 120 pontos de queda, o dezembro/16 anotava 150,90 cents/lb com 125 pontos de desvalorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 153,50 cents/lb com 130 pontos negativos, enquanto o maio/17 tinha 154,95 cents/lb com 140 pontos de recuo.
Apesar da queda técnica no mercado, segundo agências internacionais, os operadores continuam atentos ao avanço da colheita no Brasil e as amostras de café que chegam ao mercado. "Os contratos futuros do café na ICE atingiram o nível mais alto em mais de um ano sustentado por recompras e preocupações sobre a qualidade da nova safra de grãos do Brasil", informou ontem a agência de notícias Reuters.
Levantamento divulgado na última quinta-feira (7) pela Safras & Mercado aponta que a colheita brasileira de café, até dia 5 de julho, estava em 52%. Considerando que a consultoria prevê produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg para o país nesta safra, foram colhidas 28,65 milhões de sacas.
Nesta semana, o câmbio parece exercer pouca influência sobre o mercado. Às 11h39, a moeda norte-americana caía 0,93%, vendida a R$ 3,2792. Quando o dólar está mais baixo em relação ao real, as exportações da commodity perdem competitividade e os preços externos tendem a avançar.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café são isolados. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, "a semana começou com preços firmes e poucos negócios". Na segunda-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 510,12 com alta de 2,28%.