Especialista do ES lista maneiras de salvar plantações de café

Publicado em 12/07/2016 07:26

Com as lavouras de café castigadas pela seca, muitos produtores do Espírito Santo não sabem o que fazer com o que restou do plantio. Para ajudar os produtores, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Rural (Incaper) traçou quatro situações que devem ser analisadas pelo cafeicultor para renovar o parque cafeeiro do estado.

O produtor rural Clebson Comper, deMarilândia, tinha tudo para ter uma boa produção de   café. Ele plantou clones de café conilon, com o espaçamento indicado e adubou as plantas. No entanto, faltou água.

O produtor tem 25 mil pés de café e esperava colher 400 sacas, mas a produção não passou de 30. A queda foi de 92% e agora falta dinheiro para recuperar a lavoura. “Plantei certinho, adubei, mas acabou a água e começou a torrar as folhas”, disse.

De acordo com o Incaper, mais de 60% das lavouras têm salvação. O pesquisador do Instituto, Abraão Carlos Verdin, explica as diferentes maneiras de lidar com a situação.

Quando as plantas estão sem folhas, mas o pé de café ainda está vivo, a orientação é fazer a recepa, que é o corte da planta, para promover a renovação. Mas o pesquisar alerta que, para realizar o procedimento, o produtor precisa irrigar as plantas ou esperar a chuva chegar. A plantação demora, em média, dois anos para crescer novamente.

“Quando se faz a recepa acontece uma morte muito grande das raízes, então não pode ser feita agora, porque a raiz já vai morrer e tem a seca que auxilia na perda da planta”.

Ele também orienta como deve ser realizado o corte da recepa. “É indicado cortar por volta de 20 a 30 centímetros da base da planta. O produtor também tem que observar os nós, que é o lugar em que as plantas irão emitir novos brotos”, acrescentou.

Nos casos em que a planta não sofreu tanto com o sol, está cheia de folhas, mas é uma lavoura antiga, a orientação é que seja retirado todo o pé de café . “O espaçamento não está mais adequado, o material genético é antigo e tem pouca potencialidade de produção. Então a alternativa é retirar as plantas”, explicou.

Leia a notícia na íntegra no site G1 - ES.

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Fonte: G1 - ES

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