Café: Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta 4ª com financeiro e preocupação com qualidade da safra

Publicado em 29/06/2016 12:19

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (29) e estendem os ganhos da sessão anterior ainda repercutindo a melhora no humor dos mercados globais passado o susto da saída do Reino Unido da União Europeia.

Por volta das 12h07, o vencimento julho/16 registrava 141,20 cents/lb com 230 pontos de alta, o setembro/16 anotava 144,25 cents/lb com 365 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/16 tinha 146,90 cents/lb com 365 pontos positivos, enquanto o março/17 operava cotado a 149,25 cents/lb com 345 pontos.

"As bolsas para o café operam em alta acompanhando o cenário financeiro global", explicou o analista de mercado a Maros Corretora, Marcus Magalhães. O câmbio, no entanto, também acaba impactando bastante o mercado. Às 11h20, a moeda norte-americana caía 1,59%, a R$ 3,2533. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja as exportações da commodity.

As chuvas deram trégua no cinturão produtivo de café do Brasil. Com isso, a colheita avança nas principais áreas produtoras de forma mais significativa. Dados divulgados hoje pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a maior cooperativa do mundo, apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 24 de junho 25,65% das lavouras, ante 15,45% no mesmo período do ano passado.

Essas recentes precipitações atrapalharam bastante a qualidade da safra 2016/17, até então vista como uma das melhores dos últimos anos e isso também acaba influenciando nos negócios. "Os produtores que conseguiram colher o café cereja descascado antes das chuvas, o seguram para obter preços melhores", afirma o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes.

Apesar da alta externa, os preços no Brasil são puxados pela queda do dólar e os negócios continuam lentos nas praças de comercialização do Brasil. "O mercado interno deverá ter dia lento, com negócios isolados e preços sustentados", afirma Marcus Magalhães.

Na terça-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 493,03 com alta de 0,91%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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