Cultivo de feijão Guandu protege lavoura de café contra geadas

Publicado em 20/06/2016 07:52

Geadas fortes e moderadas causaram prejuízos a agricultores do Paraná. Na Região Metropolitana de Curitiba, hortaliças queimaram, e o preço de folhagens subiu mais de 30%. No interior, o milho safrinha foi a cultura mais atingida, causando danos que estão sendo avaliados por produtores e técnicos.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), pelo menos 50% dos 2,2 milhões de hectares do grão estão em áreas sucetíveis aos efeitos da geada. O frio forte em pleno outono castigou também pastagens e outras lavouras como a cevada e o café.

Alguns produtores do estado conseguiram evitar a perda de toda a plantação nova, porque aplicaram uma técnica incentivada pela Emater. É o cultivo do feijão Guando junto com o café. O feijão forma um túnel que serve como um cobertor, protegendo a lavoura de café. "Essa técnica é importante não só para a geada, quando ela protege o café que fica menos queimado, como também auxilia na época muito quente, diminui a insolação. Aí, o pé de café sente menos seca também", explica o agrônomo Romeu Gair. 

Elói Ferri cultiva café em 7 hectares, na zona rural de Londrina. Recentemente a geada atingiu sua lavoura. A maior parte, na fase 'adulta', não sofreu tanto. Mas em 2 hectares os pés de café, ainda em crescimento, queimaram bastante. O cafeicultor estima que para 2017 a produção deve cair de 120 para 80 sacas. E ele só não perdeu mais graças a técnica de cultivo do café com o feijão Guandu. "Estimo que perdi pelo menos 30%, mas onde o feijão cresceu, protegeu e não queimou o café".

Leia a notícia na íntegra no site G1 - PR.

Tags:

Fonte: G1 - PR

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mapa divulga marcas e lotes de café torrado desclassificados para consumo
Após fortes altas, mercado cafeeiro inicia 3ª feira (26) com ganhos moderados e realização de lucros
Café em alta: novo recorde em exportação sinaliza que mundo abraça cada vez mais os grãos de Minas
Futuros do arábica batem novo recorde contratual e mercado interno tem cotações acima de R$ 2 mil
Apesar de exportação recorde em outubro, Brasil acumula 1,7 mi de sacas de café paradas nos portos, sem embarque, em 2024
Exportações de café não torrado faturam US$ 1,042 bilhão nos quatorze dias úteis de novembro 2024
undefined