Café: Com indicação de chuvas na próxima semana, Bolsa de Nova York tem alta próxima de 100 pts nesta tarde de 6ª feira

Publicado em 17/06/2016 12:17

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de sexta-feira (17) e estendem os ganhos das últimas duas sessões. O mercado repercute as indicações de chuva no cinturão produtivo do Brasil na próxima semana, que poderiam afetar a colheita da safra 2016/17, além do câmbio.

Por volta das 12h10, o vencimento julho/16 registrava 140,35 cents/lb com alta de 85 pontos, o setembro/16 tinha 142,45 cents/lb com 100 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/16 operava com 145,05 cents/lb também com 100 pontos posivitos, enquanto o março/17 registrava 147,50 cents/lb com 105 pontos de valorização.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, uma frente fria se forma no Sul do Brasil e deve trazer chuva ao cinturão produtivo de café do Sudeste na próxima semana. Áreas do Paraná, São Paulo e Minas Gerais (Sul, Triângulo, Cerrado e até Leste do estado) podem ser atingidas. No entanto, essas precipitações poderiam, mais uma vez, impactar a colheita.

Segundo levantamento reportado pela Safras & Mercado nesta quinta-feira, a colheita de café da safra 2016/17 foi indicada em 34% até 14 de junho. Levando em conta a estimativa da consultoria de 56,4 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada foram colhidas 19,34 milhões de sacas. A colheita evoluiu 8 pontos percentuais em relação à semana anterior.

Além disso, o câmbio também dá suporte ao mercado. Às 12h, o dólar caía 1,14%, cotado a R$ 3,4304 na venda repercutindo a possibilidade do Reino Unido deixar a União Européia. Com a moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real, as exportações da commodity tendem a recuar e os preços externos esboçam reação.

Já no mercado interno, os negócios continuam isolados e os produtores mais atentos aos trabalhos no campo ainda mais neste momento climático delicado. "As colheitas avançam e não se vê reciprocidade no aumento da liquidez, ou seja, os negócios não tem o mesmo corpo que a safra cafeeira vinha indicando", explicou ontem Marcus Magalhães.

Na  quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,84 com alta de 0,47%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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