Café: Após leve alta na véspera, Bolsa de Nova York inicia 3ª feira com queda próxima de 200 pts

Publicado em 14/06/2016 09:49

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 200 pontos nesta manhã de terça-feira (14), após fecharem praticamente estáveis na sessão anterior. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os operadores externos continuam atentos às condições climáticas no Brasil e ao câmbio.

Por volta das 09h46, o vencimento julho/16 anotava 135,45 cents/lb com 185 pontos de baixa, o setembro/16 tinha 137,40 cents/lb com 190 pontos de queda. O contrato dezembro/16 registrava 140,10 cents/lb com 170 pontos negativos, enquanto o março/17 recuava 150 pontos, cotado a 142,65 cents/lb. 

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Bolsa de NY tem leve alta nesta 2ª com condição climática no Brasil ainda no foco dos operadores

Nesta segunda-feira (13), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis, após chegarem a recuar mais de 300 pontos pela manhã repercutindo os relatos de leves geadas no cinturão produtivo do Brasil. Na última semana, as chances da condição climática afetar a safra do país fizeram com que os preços externos atingissem o maior nível em um ano.

O contrato julho/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 137,30 cents/lb com alta de 35 pontos, o setembro/16 registrou 139,30 cents/lb com 45 pontos de avanço. Já o dezembro/16 teve 141,80 cents/lb e o março/17 anotou 144,15 cents/lb, ambos com 55 pontos de valorização.

"O dia, mais uma vez, foi caracterizado por algumas preocupações dos players com a questão climática no Brasil. Várias zonas produtoras registraram temperaturas consideravelmente baixas ao longo do final de semana", explica o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

Segundo relatos de produtores, poucas lavouras tiveram prejuízos com a geada no final de semana. A condição climática afetou áreas isoladas no Sul de Minas Gerais e na fronteira entre Paraná e São Paulo. Informações reportadas pela Reuters dão conta que casos isolados de geadas podem ter danificado cafezais perto de Poços de Caldas e São Sebastião de Paraíso e outras regiões ao Sul de Minas Gerais. No entanto, é cedo para confirmar prejuízos.

A região de Poços de Caldas, em Minas Gerais, registrou mínima de - 1,7°C no início da segunda-feira, mas outras regiões do cinturão cafeeiro no sul e Minas e no Paraná tiveram temperaturas acima de um grau, disse a Somar à agência de notícias.

» Maior parte das áreas de cana e café do Brasil escapa de geadas, diz Somar

"Devido às previsões de geadas para essa segunda-feira, muitos produtores, técnicos e demais pessoas ligadas ao setor ainda não foram a campo avaliar as reais perdas que esse frio extremo está provocando. Os percentuais de perdas só começarão a ser divulgados ao longo dessa semana, até porque, há uma necessidade de se esperar alguns dias para ver, realmente, os impactos da geada na fisiologia da planta. Porém, pelo que conversei com produtores, os danos serão pequenos", explica o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antonio dos Santos.

O agrometeorologista alerta ainda que, para os próximos quinze dias, as previsões indicam aumento gradual nas temperaturas no Centro-Sul do Brasil, que devem variar entre 16ºC a 20ºC. Porém, novas massas de ar polar de grande intensidade podem ocorrer nos meses de julho e agosto.

De acordo com o engenheiro agrônomo, Marcelo Jordão Filho, da Fundação Procafé, em Franca (SP), os produtores devem ficar atentos ao comportamento das lavouras que foram expostas à geadas. "O ponto de congelamento [da planta] está normalmente em torno de 3ºC a -4ºC, quanto maior for a queda da temperatura, mais graves e mais extensos serão os danos, após o congelamento intracelular, o tecido morre, por isso deve-se observar a plantação alguns dias após a geada, pois o mesmo nem sempre aparece no dia do acontecimento climático", explica.

» Café: Danos causados pelas geadas podem aparecer nos próximos dias; veja fotos

Mercado interno

Na semana passada, aproveitando as altas externas, os negócios nas praças de comercialização do Brasil voltaram a ganhar ritmo e os preços esboçaram reação no acumulado da semana na maioria das localidades verificadas pelo Notícias Agrícolas.  No entanto, segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado voltou a operar sem liquidez nesta segunda-feira.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 565,00 a saca e alta de 4,63%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 572,00 a saca e avanço de 5,93%. O maior avanço dentre as localidades no dia.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca e alta de 1,96%. A maior variação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 5,12% e saca a R$ 513,00.

Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,06 com queda de 1,60%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta segunda-feira praticamente estável. O contrato julho/16 anotou US$ 1647,00 por tonelada e alta de US$ 4, o setembro/16 teve US$ 1679,00 por tonelada com avanço de US$ 5 e o novembro/16 anotou US$ 1695,00 por tonelada com valorização de US$ 4.

Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,54 com queda de 0,16%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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