Café: Com operadores atentos ao clima no Brasil, Bolsa de Nova York trabalha praticamente estável nesta tarde de 2ª

Publicado em 13/06/2016 13:17

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam praticamente estáveis nesta tarde de segunda-feira (13), após as geadas, previstas para este fim de semana, atingirem apenas lavouras pontuais do cinturão produtivo do Brasil. Na semana passada, o mercado externo registrou alta acumulada de quase 8% repercutindo as incertezas climáticas, com o vencimento julho/16 saindo de 127,10 cents/lb para 136,95 cents/lb na sexta-feira passada.

Por volta das 12h45, o vencimento julho/16 registrava 137,50 cents/lb com alta de 55 pontos, o setembro/16 anotava 139,50 cents/lb com avanço de 65 pontos. O contrato dezembro/16 tinha 141,95 cents/lb com 70 pontos de valorização, enquanto o março/17 anotava 144,40 cents/lb com 80 pontos positivos.

"Apesar do frio nos últimos dias, não houve relato de geadas de maneira representativa nas regiões produtoras de café, nada que venha comprometer a cafeicultura, e o mercado repercute isso", afirmou pela manhã o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Informações reportadas pela Reuters dão conta que casos isolados de geadas podem ter danificado cafezais perto de Poços de Caldas e São Sebastião de Paraíso e outras regiões ao Sul de Minas Gerais. No entanto, é cedo para confirmar prejuízos.

» Maior parte das áreas de cana e café do Brasil escapa de geadas, diz Somar

"Os produtores tiveram alguns problemas nas últimas semanas com chuvas que atrasaram a colheita e a secagem da cultura, por isso, geadas ou baixas temperaturas só agravam os problemas. Temperaturas mais quentes são esperados para retornar ao Brasil esta semana", explica o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.

A região de Poços de Caldas, em Minas Gerais, registrou mínima de - 1,7°C no início da segunda-feira, mas outras regiões do cinturão cafeeiro no sul e Minas e no Paraná tiveram temperaturas acima de um grau, disse a Somar à agência de notícias.

Na semana passada, aproveitando as altas externas, os negócios nas praças de comercialização do Brasil esboçaram reação. No entanto, segundo Marcus Magalhães, o mercado volta a operar sem liquidez nesta segunda-feira. Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,06 com queda de 1,60%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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