Café: Após queda de mais de 2,5% na semana passada, Bolsa de Nova York sobe mais de 200 pts nesta tarde de 3ª

Publicado em 31/05/2016 12:17

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de terça-feira (31), após recuarem cerca de 2,5% no acumulado da semana passada. O mercado realiza ajustes técnicos, mas também segue atento as informações sobre o avanço da colheita da safra 2016/17 do Brasil, que começou a ser colhida há poucos dias.

Por volta das 11h50, o vencimento julho/16 registrava 123,35 cents/lb com 250 pontos de avanço, o setembro/16 anotava 125,20 cents/lb com 195 pontos de alta. Já o contrato dezembro/16 tinha 127,90 cents/lb com 190 pontos de valorização, enquanto o março/17, mais distante, estava cotado a 130,50 cents/lb com 180 pontos positivos.

Na segunda-feira, o terminal externo não trabalhou por conta do feriado nacional "Memorial Day", comemorado nos Estados Unidos. Com isso, ajustes são realizados no mercado, afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Na semana passada, as cotações do grão na ICE tiveram queda acumulada de 2,73%, saindo de 124,70 cents/lb para 121,30 cents/lb, repercutindo as oscilações no câmbio, diante das novidades na cena política no Brasil e as divulgações do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, que impactam diretamente as exportações da commodity.

As informações da safra 2016/17 de café do Brasil também continuam no radar dos operadores. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a colheita brasileira do grão evoluiu para 17% até 24 de maio. Levando em conta a estimativa de 56,4 milhões de sacas de 60 kg da Safras para o Brasil, já foram colhidas 9,81 milhões de sacas. O trabalho com o arábica está antecipado e segue em bom ritmo, enquanto que no conillon está atrasado e lento. Segundo informações de produtores do Espírito Santo, a situação das lavouras no estado segue complicada e quebra pode ser superior a 50% nesta temporada.

Em meio ao feriado nos Estados Unidos ontem, o mercado interno brasileiro ficou sem referencial e registrou apenas operações pontuais. Nos últimos dias, o ritmo de negócios também tem sido bem lento, segundo reportam analistas. Os produtores estão mais atentos aos trabalhos de colheita e se recusam a entregar suas produções da safra passada pelos atuais patamares. "Se o produtor segurou o café até agora, ele não vai vender justamente neste pico de baixa", explicou na sexta-feira o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.

Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,25 com alta de 0,26%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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