Café: Após oito altas seguidas, Bolsa de Nova York trabalha sem direcionamento nesta tarde de 2ª feira

Publicado em 16/05/2016 13:09

As cotações futuras do café arábica na Bolsa Nova York (ICE Futures US) trabalham sem direcionamento definido nesta tarde de segunda-feira (16). Pela manhã, o mercado realizava ajustes após registrar valorização por oito sessões consecutivas repercutindo o câmbio – impactado pelos desdobramentos políticos no Brasil – e as incertezas em relação ao equilíbrio no abastecimento global da commodity.

Às 12h50, o vencimento maio/16 estava cotado a 129,95 cents/lb com 15 pontos de baixa, o setembro/16 anotava 131,85 cents/lb com 10 pontos de recuo. Já o contrato dezembro/16 tinha 134,65 cents/lb com 10 pontos de alta, enquanto o março/17 registrava 137,10 cents/lb com 15 pontos negativos.

Nas últimas sessões, o mercado do café arábica tem sentido forte os impactos do câmbio. As oscilações do dólar em relação ao real impactam diretamente as exportações da commodity brasileira, que inclusive registraram queda no último mês, segundo dados reportados recentemente pelo Notícias Agrícolas.

"O comportamento do índice do dólar, assim como do Real Brasileiro e do Peso Colombiano serão importantes termômetros. O primeiro está forte e pode gerar uma liquidação geral das commodities que se beneficiaram do enfraquecimento recente", explicou em seu relatório semanal o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.

Após oito sessões seguidas de alta, analistas de mercado já esperavam que as cotações no terminal externo mais cedo ou mais tarde poderiam realizar ajustes. "Tecnicamente o contrato “C” precisa segurar acima de US$ 126,60 para não perder o momentum, caso contrário vai voltar a testar os US$ 120,00 centavos. A primeira resistência está em US$ 131,20, seguida por US$ 134,90 e finalmente a alta do dia 23 de março, US$ 138,20", afirmou Costa.

No Brasil, a colheita do café segue sendo realizada nas principais origens produtoras e não há relatos de muitos problemas para a variedade arábica. Segundo levantamento da Safras & Mercado, reportado pela Reuters na última sexta-feira (13), a colheita da safra 2016/17 no país já atingiu 7% da área total, cerca de 4,22 milhões de sacas de 60 kg. A consultoria projeta a produção do país em 56,4 milhões de sacas.

Enquanto a colheita ganha fôlego no Brasil, os negócios nas praças de comercialização seguem lentos. Além dos produtores estarem mais atentos aos trabalhos no campo, também há pouco produto ainda disponível da última safra para negócios. Na sexta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 468,37 com queda de 0,15%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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