Café: Bolsa de Nova York volta a registrar alta nesta tarde de 4ª feira e vencimentos distantes testam US$ 1,30/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta tarde de quarta-feira (11), após iniciar o pregão do lado vermelho da tabela. O mercado dá sequência aos ganhos das últimas cinco sessões ainda com recompras de fundos e especuladores, mas também tem suporte do câmbio – que oscila acompanhando a cena política no Brasil.
Por volta das 12h23, o vencimento julho/16 anotava 129,15 cents/lb com alta de 40 pontos, o setembro/16 tinha 131,00 cents/lb com avanço de 55 pontos. Já o contrato dezembro/16 estava cotado a 133,25 cents/lb com 40 pontos de alta, enquanto o março/17 registrava 136,15 cents/lb com 75 pontos positivos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos e especuladores seguem sendo registradas no mercado nesta quarta e os preços externos voltam a testar o patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
Além disso, o câmbio também influencia bastante as cotações do arábica. O dólar comercial trabalha instável com a volta da interferência do Banco Central e investidores acompanhando atentamente o início dos trabalhos no Senado Federal para a votação do afastamento de Dilma Rousseff. Às 12h43, a moeda norte-americana caía 0,17%, a R$ 3,461 na venda.
Segundo analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado também repercute as chances de um desequilíbrio nesta temporada. Os estoques do grão estão bem baixos e isso dá suporte aos preços externos, embora as principais estimativas apontem produção no Brasil, maior produtor e exportador da commodity, acima de 50 milhões de sacas.
Nas praças de comercialização brasileiras os negócios com café seguem isolados. O produtor brasileiro se volta à colheita do grão e tem pouco produto disponível. "O mercado interno deverá ter mais um dia lento e com negócios isolados", informou Marcus Magalhães. Na terça-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 465,61 com alta de 0,31%.