Café: Com suporte do financeiro e outros mercados, Bolsa de Nova York avança quase 300 pts nesta tarde de 6ª feira

Publicado em 06/05/2016 12:40

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de quase 300 pontos nesta tarde de sexta-feira (6) e estendem os ganhos da sessão anterior. Com isso, os principais vencimentos já buscam o patamar de US$ 1,25 por libra-peso. O mercado tem suporte do financeiro, mas, principalmente, realiza ajustes técnicos. O dia também é otimista com investidores se voltando para as commodities agrícolas, quase todas estão do lado azul da tabela.

Por volta das 12h16, o vencimento maio/16 anotava 124,40 cents/lb com 290 pontos de avanço, o setembro/16 registrava 126,10 cents/lb com 270 pontos de alta. O contrato dezembro/16 estava cotado a 128,45 cents/lb e o março/17 registrava 131,00 cents/lb, ambos com 270 pontos de valorização.

O dólar comercial abriu a sessão desta sexta em alta, mas voltou a cair minutos depois acompanhando o exterior com a divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos abaixo do esperado. Às 11h39, a moeda caía 0,29% em relação ao real, cotada a R$ 3,5295 na venda. O dólar mais baixo acaba dando maior competitividade às exportações da commodity brasileira.

Operadores afirmam que a tendência para os próximos dias é mesmo da moeda estrangeira mais baixa que o real por conta da instabilidade política vivida no Brasil.

Além disso, o petróleo avança forte na Bolsa de Nova York e isso também acaba contribuindo para os ganhos no mercado das commodities agrícolas, de um modo geral. No lado técnico, a firmeza das cotações acima de US$ 1,20/lb nas últimas sessões contribui para os preços registrarem altas mais expressivas.

Do lado fundamental, o cenário permanece baixista. A colheita do café da safra 2016/17 ganha ritmo nas principais áreas produtoras do Brasil e não há relatos de problemas. Os operadores seguem trabalhando com produção nesta temporada em cerca de 50 milhões de sacas de 60 kg.

No Paraná, 5% da área de produção do estado, estimada em 47,34 mil hectares, já foi colhida. Os dados foram divulgados pelo Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB).

Com o início mais efetivo dos trabalhos no campo, os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos. Os produtores também preferem aguardar melhores patamares para voltar ao mercado. Por outro lado, o comprador também aguarda a chegada da nova safra. Na quinta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 455,15 com alta de 0,46%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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