Café: Bolsa de Nova York avança mais de 200 pts nesta tarde de 3ª feira com suporte do financeiro
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta acima de 200 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de terça-feira (26) e estendem os ganhos da sessão anterior. O mercado segue repercutindo o financeiro, principalmente, câmbio e petróleo. Com isso, os vencimentos mais próximos voltam a ficar acima de US$ 1,25 por libra-peso.
Às 12h26, os lotes com entrega para maio/16 registravam 125,70 cents/lb com alta de 260 pontos, o julho/16 tinha 125,75 cents/lb com 220 pontos positivos. Já o contrato setembro/16 anotava 127,60 cents/lb e o dezembro/16 estava cotado a 129,80 cents/lb, ambos com 230 pontos de valorização.
Ainda repercutindo os possíveis desdobramentos no cenário político e econômico do Brasil, o dólar comercial opera abaixo de R$ 3,55 nesta terça. Os investidores aguardam ansiosos pela formação da equipe econômica de um possível governo de Michel Temer. Às 12h, a moeda norte-americana caía 0,53%, vendida a R$ 3,5295.
Além disso, o avanço do petróleo na Bolsa de Nova York também acaba contribuindo para os ganhos das commodities agrícolas, de um modo geral. Por volta das 12h39, o ativo operava acima de US$ 43 o barril com alta acima de 2%.
O mercado futuro do café arábica trabalha há algumas sessões sem se basear nas questões fundamentais das origens produtoras. De acordo com Jack Scoville, o clima continua seco na principal região produtora da variedade robusta do Brasil, o Espírito Santo. Também há registro de altas temperaturas no Vietnã e grande parte do México e América Central. A Colômbia, importante país produtor de café arábica, tem registrado mais chuvas. No entanto, elas ainda são insuficientes. Já as áreas produtoras da África parecem apresentar boas condições de produção.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos. "O setor está mais focado no lado produtivo do que no lado especulativo e desta forma, esvaziam de vez as praças de comercialização ao redor do Brasil", afirmou ontem o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.