Café: Acompanhando financeiro, cotações do arábica em Nova York operam com forte alta nesta 5ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta acima de 200 pontos nos principais vencimentos nesta manhã de quinta-feira (21). Sem novidades fundamentais para repercutir, o mercado segue atento ao movimento do financeiro, principalmente, câmbio e petróleo, e acompanha também o otimismo das outras commodities com os fundos voltando a investir nas agrícolas.
Por volta das 09h54, o vencimento maio/16 registrava 129,65 cents/lb com alta de 250 pontos, o julho/16 tinha 130,70 cents/lb com avanço de 200 pontos. Já o contrato setembro/16 operava com 132,50 cents/lb com 200 pontos positivos e o dezembro/16 estava cotado a 134,55 cents/lb com 190 pontos de valorização.
Nesta quinta-feira, por conta do feriado de Tiradentes no Brasil, o mercado interno não funciona. Para sexta-feira (22), analistas também não têm grandes expectativas de negócios uma vez que praticamente todos os participantes só devem voltar aos trabalhos na próxima semana.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha em alta nesta 4ª com influência do financeiro e vencimentos testam 1,30/lb
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira (20). Os vencimentos mais distantes já estão acima de US$ 1,30 por libra-peso. As informações do financeiro têm exercido influência sobre o comportamento de praticamente todas as commodities nos últimos dias e no café isso não é diferente. O enfraquecimento do dólar, principalmente, acaba favorecendo essa tendência altista das agrícolas, pois impacta nas exportações.
O vencimento maio/16 encerrou a sessão cotado a 127,15 cents/lb com 130 pontos de avanço, o julho/16 anotou 128,70 cents/lb com 80 pontos de alta. Já o contrato setembro/16 teve 130,45 cents/lb com 85 pontos de valorização e o dezembro/16 anotou 132,65 cents/lb com 80 pontos positivos.
De um modo geral, os mercados internacionais estão atentos aos desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com essas incertezas, o dólar busca direcionamento, mas permanece na casa de R$ 3,50. Patamar bem mais baixo do que o registrado nos últimos meses.
A moeda estrangeira fechou a sessão desta quarta-feira cotada a R$ 3,5325 na venda com alta de 0,12%, após oscilar dos dois lados da tabela. O dólar mais baixo em relação ao real desencoraja as exportações da commodity pelo Brasil. Além disso, o avanço do petróleo na Bolsa americana também acaba dando maior otimismo para os mercados globais.
"Todo mundo quer ver o que vai acontecer com o impeachment", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville à agência internacional de notícias Reuters.
Até o dia 17 de abril (11 dias úteis), as exportações brasileiras de café em grão totalizaram 1,254 milhão de sacas de 60 kg com receita de US$ 181,8 milhões e preço médio de US$ 144,90 por saca. Em todo o mês de março, os embarques registraram 2,775 milhões de sacas e em abril de 2015 foram exportadas 2,815 milhões de sacas. Os dados foram divulgados na segunda-feira pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As informações dos fundamentos não tiveram muitas mudanças nos últimos dias e seguem tendo baixa influência sobre os preços no terminal externo. De acordo com Scoville, o clima continua seco na principal região produtora da variedade robusta do Brasil, o Espírito Santo. Também há registro de altas temperaturas no Vietnã e grande parte do México e América Central. A Colômbia, importante país produtor de café arábica, tem registrado mais chuvas. No entanto, elas ainda não são suficientes. Já as áreas produtoras da África parecem apresentar boas condições de produção.
Mercado interno
Os negócios no mercado físico brasileiro seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil. Os preços dos tipos mais negociados até esboçaram alta nos últimos dias, mas eles permanecem aquém das expectativas e do desejo dos produtores. Além disso, as incertezas no cenário político e econômico brasileiro também deixam o cafeicultor mais cauteloso. "Alheio as volatilidades, o mercado no Brasil segue sem liquidez. A ansiedade é alta entre os operadores", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Nesta quinta-feira (21), o mercado interno brasileiro não funciona por conta do Feriado de Tiradentes, o que deve acabar esfriando ainda mais os negócios até o fim deste semana.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação nesta quarta-feira em Guaxupé (MG) com R$ 548,00 a saca e alta de 0,37%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Varginha (MG) com queda de 1,92% e saca a R$ 510,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 540,00 a saca e alta de 0,37%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 1,39% e saca cotada a R$ 495,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 2%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,13% e saca a R$ 480,00.
Na terça-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 468,32 com queda de 0,44%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam a sessão de hoje com leve alta. O contrato maio/16 registrou US$ 1541,00 por tonelada com avanço de US$ 6, o julho/16 teve US$ 1573,00 por tonelada e valorização de US$ 8, enquanto o julho/16 anotou US$ 1591,00 por tonelada e alta de US$ 5.
Na terça-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,75 com alta de 0,01%.