Café: Com avanço do dólar, Bolsa de Nova York opera no campo negativo nesta 5ª e maio/16 fica abaixo de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 150 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quinta-feira (7), após fecharem com leve alta na véspera. Sem novidades fundamentais para repercutir, o mercado sente a pressão do câmbio – que impacta nas exportações da commodity. Com isso, os preços no mercado externo tendem a recuar.
Por volta das 12h31, o vencimento maio/16 tinha 119,90 cents/lb com queda de 160 pontos, o julho/16 registrava 122,00 cents/lb com baixa de 165 pontos. Já o contrato setembro/16 anotava 123,85 cents/lb com desvalorização de 155 pontos, enquanto o dezembro/16 operava com 125,90 cents/lb e 145 pontos negativos.
O dólar comercial operava às 12h11 desta quinta-feira com alta de 1,60%, cotado a R$ 3,65 na venda, após a atuação do Banco Central com swap cambial reverso em meio ao cenário político intenso no Brasil e o cenário externo desfavorável. A moeda estrangeira mais valorizada dá maior competitividade às exportações. Além disso, o petróleo recua quase 2%, cotado a US$ 37 o barril e acaba puxando as commodities agrícolas.
Segundo agências internacionais, o mercado abaixo de US$ 1,20 por libra-peso abre margem para que quedas mais expressivas sejam registradas. Nos últimos dias, as cotações do arábica recuaram bastante com o câmbio, mas sempre ficavam acima desse patamar.
No aspecto fundamental, não há muitas novidades. No Brasil, o clima continua beneficiando os cafezais de arábica e há a possibilidade de colheita antecipada. Na Colômbia, as chuvas começaram a voltar no Centro e Sul do país e precisam continuar para não prejudicar a safra-principal. Já no Vietnã, os comentários de perdas ganham cada vez mais força. O país asiático é o maior produtor mundial da variedade robusta.
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil são isolados. Só aparecem com oferta nas praças de comercialização os produtores que precisam fazer caixa. Muitos preferem esperar o início da colheita da nova safra e preços melhores. Na quarta-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 471,81 com queda de 0,18%.