Café: Bolsa de Nova York esboça reação e avança mais de 100 pontos nesta tarde 4ª feira
Após ficarem praticamente lateralizadas pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) sobem mais de 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quarta-feira (9). O mercado trabalha sem direcionamento definido, mas ainda conta com suporte de indicadores técnicos e do cenário macroeconômico. O dólar cai mais de 1% ante o real, o que acaba desencorajando as exportações da commodity. Às 12h32, a moeda norte-amerciana estava cotada a R$ 3,696 na venda.
Por volta das 12h28, o vencimento maio/16 tinha 122,75 cents/lb com alta de 105 pontos, o julho/16 registrava 124,50 cents/lb com avanço de 90 pontos. O contrato setembro/16 tinha 126,40 cents/lb com 105 pontos positivos, enquanto o dezembro/16 operava com 128,25 cents/lb e valorização de 100 pontos.
Segundo o analista de mercado João Santaella, o mercado só deve esboçar oscilações mais expressivas caso o patamar de US$ 1,25/lb for rompido. "Acredito que as cotações devem continuar oscilando entre US$ 1,15 e US$ 1,25 por libra-peso. Somente rompendo a barreira de US$ 1,25/lb é que podemos ver alguma reação mais expressiva", afirma o analista João Santaella.
Com a ausência de novidades fundamentais, o mercado tem repercutido bastante nas últimas sessões aspectos mais técnicos uma vez que não há indícios de um desequilíbrio entre oferta e demanda nesta temporada.
A safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, tem apresentado desenvolvimento regular nas principais áreas produtoras devido às condições climáticas mais favoráveis nesta temporada. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a colheita em algumas regiões pode ser antecipada. Analistas acreditam que essas informações também acabam sendo um fator de pressão aos preços uma vez que as expectativas de desequilíbrio entre oferta e demanda acabam sendo minimizadas.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem isolados e os preços firmes. Na terça-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,18 com alta de 0,20%.