Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York estende perdas da sessão anterior nesta manhã de 2ª feira

Publicado em 08/03/2016 09:23

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) opera com baixa acima de 100 pontos nos principais vencimentos nesta manhã de terça-feira (8) e estende as perdas da sessão anterior, após avançar mais 5% na semana passada. As cotações seguem repercutindo o câmbio e indicadores técnicos.

Por volta das 09h16, o vencimento maio/16 tinha 119,20 cents/lb e 170 pontos de baixa, o julho/16 registrava 121,05 cents/lb com queda de 165 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 123,25 cents/lb e o dezembro/16 operava com 125,15 cents/lb, ambos com desvalorização de 115 pontos.

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Bolsa de Nova York corrige alta da semana passada e fecha praticamente estável nesta 2ª feira

Após cair mais de 200 pontos pela manhã, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam praticamente estáveis nesta segunda-feira (7), mas ainda permanecem do lado vermelho da tabela. O mercado esboçou correções técnicas no pregão de hoje depois de fechar com alta acumulada de mais de 5% na semana passada, acompanhando a queda do dólar.

O vencimento março/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 118,65 cents/lb e o maio/16 teve 120,90 cents/lb, ambos com baixa de 15 pontos. Já o vencimento julho/16 registrou 122,70 cents/lb com 10 pontos negativos e o setembro/16 anotou 124,40 cents/lb com desvalorização de 5 pontos.

O mercado do café tem se baseado bastante nas últimas semanas em indicadores técnicos e no cenário macroeconômico. Todas as variáveis fundamentais que poderiam influenciar nas cotações já foram precificadas pelos operadores.

Segundo o analista João Santaella, o mercado têm mantido importantes suportes. "Acredito que as cotações devem continuar oscilando entre US$ 1,15 e US$ 1,25 por libra-peso. Somente rompendo a barreira de US$ 1,25/lb é que podemos ver alguma reação mais expressiva", afirma.

A safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, tem desenvolvimento regular nas principais áreas produtoras devido as condições climáticas mais favoráveis nesta temporada. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a colheita em algumas regiões pode ser antecipada. Analistas acreditam que essas informações também acabam sendo um fator de pressão uma vez que as expectativas de desequilíbrio entre oferta e demanda acabam sendo minimizadas.

Na semana passada, o dólar comercial teve a maior baixa acumulada em mais de sete anos. Com isso, os preços do arábica na ICE avançaram mais de 5%. Diante dessa forte alta, alguns ajustes na sessão desta segunda-feira foram inevitáveis. A divisa americana também voltou a subir hoje, o que acaba sendo mais um fator de pressão às cotações futuras do café.

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 3,7937 na venda com avanço de 0,88%. A moeda vinha de quatro sessões seguidas de baixa. O dólar atingiu R$ 3,7977 na máxima dea sessão e R$ 3,7350 na mínima.

"Difícil crer que o Real vai conseguir segurar a valorização desta semana, já que nem um milagre consegue resolver os problemas do Brasil no curto e médio prazo. Mesmo assim o interesse de venda dos produtores fica mais distante, eventualmente dando espaço para o mercado 'stopar' as novas posições vendedoras dos fundos e eventualmente forçar a cobertura de vendas daqueles que agora mais do que nunca acham uma "excelente" oportunidade entrar short acima de US$ 120 centavos por libra", afirmou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café seguem limitados e os preços estáveis com a desvalorização na Bolsa de Nova York compensando a alta do dólar nesta segunda-feira.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,91% e saca cotada a R$ 531,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 538,00 a saca e alta de 0,75%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,82% e saca valendo R$ 491,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Araguari e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi em Patrocínio (MG) com queda de 1,03% e R$ 480,00 a saca.

Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,04 com baixa de 0,14%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam mais uma vez praticamente estáveis nesta segunda-feira, após a forte oscilação nas últimas semanas. O contrato março/16 registrou US$ 1363,00 por tonelada – estável, o maio/16 teve US$ 1394,00 por tonelada e avanço de US$ 1, enquanto o julho/16 anotou US$ 1424,00 por tonelada – estável.

Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 358,37 com queda de 2,71%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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