Café: Bolsa de NY recupera parte das perdas do início da sessão, mas ainda registra baixa nesta tarde de 2ª feira

Publicado em 07/03/2016 13:27

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) reduziram um pouco as perdas que eram registradas no início do pregão desta segunda-feira (7), mas ainda permanecem do lado vermelho da tabela, com o dólar subindo um pouco. Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas de café operam em baixa em consolidação ao atual espaço de trabalho.

Por volta das 12h55, o vencimento maio/16 tinha 120,35 cents/lb, o julho/16 registrava 122,10 cents/lb e o setembro/16 tinha 123,75 cents/lb, ambos com queda de 70 pontos. Já o contrato dezembro/16 operava com 125,55 cents/lb e desvalorização de 80 pontos.

Nas últimas semanas, o mercado do café tem se baseado bastante em indicadores técnicos e no cenário macroeconômico. Segundo analistas, todas as variáveis fundamentais que poderiam influenciar as cotações já foram precificadas pelos operadores.

A safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, permanece registrando desenvolvimento regular diante das condições climáticas mais favoráveis nesta temporada, após dois anos seguidos de quebra com a seca no cinturão produtivo. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a colheita em algumas regiões pode ser antecipada.

Na semana passada, o dólar teve a maior baixa acumulada em mais de sete anos e com isso os preços do arábica na ICE avançaram mais de 5%. Diante dessa forte alta, analistas acreditam que ajustes ainda podem ser registrados nas próximas sessões.

"Difícil crer que o Real vai conseguir segurar a valorização desta semana, já que nem um milagre consegue resolver os problemas do Brasil no curto e médio prazo. Mesmo assim o interesse de venda dos produtores fica mais distante, eventualmente dando espaço para o mercado stopar as novas posições vendedoras dos fundos e eventualmente forçar a cobertura de vendas daqueles que agora mais do que nunca acham uma "excelente" oportunidade entrar short acima de US$ 120 centavos por libra", afirmou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem limitados e os preços estáveis com a queda do dólar mesmo com a forte alta em Nova York. "No mercado interno, o café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma Marcus Magalhães. Na sexta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,04 com baixa de 0,14%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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