Café: Com perdas superiores a 100 pontos, Bolsa de Nova York volta a fechar em baixa nesta 3ª feira

Publicado em 21/07/2015 17:09

Nesta terça-feira (21), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa, pelo quarto pregão consecutivo. Os principais vencimentos chegaram a ter perdas superiores a 140 pontos, depois de abrir o pregão com leves altas. Mais uma vez, o mercado teve um dia sem direcionamento, com expectativas em relação ao cenário político e econômico.

Com isso, o vencimento setembro/15 encerrou a US$ 125,95 cents/lb, com desvalorização de 150 pontos. Dezembro/15 sofreu perdas de 145 pontos, negociado a US$ 129,55 cents/lb, assim como março/16 que encerrou valendo US$ 133,25 cents/lb. O contrato maio/16 também teve perdas de 145 pontos e fechou o dia a US$ 135,50 cents/lb.

Segundo o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o mercado está andando de lado nos últimos dias. Quando o dólar se valoriza, as cotações do café na ICE Futures US cedem e deixam os preços estáveis para os cafeicultores. Além disso, as bolsas internacionais têm trabalhado sem novidades fundamentais e de olho no cenário político e econômico, assim como os demais mercados.

Para o analista, mesmo com as notícias de atraso nas colheitas no Brasil e a preocupação com a qualidade na safra, os preços praticados - tanto nas bolsas internacionais quanto no mercado físico - não refletem o cenário.  A situação tem gerado insatisfação entre os produtores, que procuram segurar vendas em buscas de preços melhores, já que os patamares de negociação não cobrem os custos de produção, que são maiores no período da colheita.

Mercado interno

Ainda há poucos negócios sendo realizados no físico, visto que há poucos volumes de cafés disponíveis e de pouca qualidade. Eduardo Carvalhaes explica que só está ofertando os produtores que não podem esperar a melhora dos preços e para negócios que foram fechados antecipadamente.

No cenário climático, há uma nova frente fria se avançando pelo sudeste, segundo boletim da Somar Meteorologia. Após um período de tempo seco, há muitas áreas de nebulosidade e queda nas temperaturas, porém não chega a causar chuvas significativas nas regiões produtoras de café. Além disso, não há previsão de geadas.

» Potencial produtivo da safra de café em 2016 está comprometido no Sul de Minas. Clima irregular confunde planta e já prejudica florada

Para o café cereja descascado, em Poços de Caldas (MG) os preços tiveram alta de 1,50%, após quedas consecutivas na praça, em que a saca de 60 kg fechou negociada a R$ 474,00. Já em Guaxupé (MG), o valor por saca cedeu 1,81% e encerrou o dia valendo R$ 489,00.

O café tipo 6 teve recuo de preços na maioria das praças de comercialização. A mais significativa foi em Guaxupé (MG), com a desvalorização de 2,03%, com a saca sendo negociada a R$ 434,00. Em Espirito Santo do Pinhal (SP), o valor da saca teve queda de 0,70% e fechou o dia a R$ 427,00.

Já o café tipo 4 também teve recuo em boa parte das praças, em que Poços de Caldas (MG) apresentou baixa de 2,23%. Com isso, a saca de 60 kg passa a ser negociada a R$ 438,00. Em Guaxupé (MG) os preços cederam 1,81%, com a saca valendo R$ 489,00.

Na segunda-feira (16), o indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 teve desvalorização de 1,27 % e a saca de 60 kg está cotada a R$ 411,61. 

» Clique e veja as cotações completas de café

Tags:

Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Safra é mais rápida, mas rendimento no Brasil preocupa e cotações avançam
Sebrae Minas, Senai e Expocacer assinam parceria que beneficiará cafeicultores do Cerrado Mineiro
Confirmando volatilidade esperada, bolsas voltam a subir e arábica avança para 240 cents/lbp
Região do Cerrado Mineiro lança campanha inédita para proteger origem autêntica de seu café
Com safra andando bem no Brasil, café abre semana com estabilidade
Café tem semana de ajustes nos preços e pressão da safra brasileira derrubando preços