Café: Bolsa de Nova York fecha com ganhos de 250 pontos nesta 2ª feira

Publicado em 13/07/2015 17:59

Nesta segunda-feira (13), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram o pregão com alta, após o passar o dia com ganhos significativos no cenário internacional. Com o acordo entre a Grécia e seus credores, o dólar voltou a sofrer desvalorização e impulsionou a alta das commodities.

O principal vencimento, setembro/15, fechou com ganhos de 255 pontos e cotado a US$ 128,80 cents/lb. O contrato dezembro/15 encerrou com alta de 250 pontos e é negociado a US$ 132,20 cents/lb, enquanto março/16 teve ganhos de 245 pontos e cotado a US$ 135,75 cents/lb.

O analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, explica que o cenário internacional teve um dia mais ameno, diante de uma possível resolução da crise na Grécia, além de ter trabalhado com recompras. Com isso, o dólar teve uma desvalorização e a ICE Futures US conseguiu reverter parte das perdas observadas na última semana.

Para os fundamentos do café, segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o mercado está em alerta com a situação da safra brasileira, que segue com atraso, influenciadas por um clima atípico para a época do ano. Segundo a Fundação Procafé, em Minas Gerais a colheita do arábica está atrasada em cerca de um mês. Além disso, há problemas na maturação dos frutos, que está desuniforme.  Já para o conilon, a colheita está praticamente encerrada e a quebra da safra está em torno de 30 a 40%, segundo informações do engenheiro agrônomo da Cooabriel, Edmilson Calegari.

Exportações

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportações de café em grão referente a segunda semana de julho (8 dias úteis).  Em volume, o acumulado indica 895,7 mil sacas de 60 kg, com média diária de 112 mil sacas. O valor é 1,5% abaixo ao registrado em junho, enquanto em comparação a julho de 2014 há uma queda de 7%.

Em receita, os embarques totalizaram US$ 142,7 milhões, com média diária de US$ 17,8 milhões. Os números representam uma queda de 4,7% em relação a junho deste ano e baixa de 21,4% em comparação com julho do ano passado.  O valor por saca ficou em US$ 159,3 mil, também abaixo ao mês anterior e o ao mesmo período de 2014.

Mercado interno

Os negócios ainda seguem lentos no cenário doméstico e o foco ainda tem seguido para as colheitas. Segundo Marcus Magalhães, o mercado interno ainda está aquém da possibilidade, o que tem trazido ansiedade para o setor.

No cenário climático, as notícias são positivas para boa parte das regiões produtoras de café. Segundo informações da Somar Meteorologia, a tendência é de tempo mais quente e seco em boa parte do sudeste, o que favorece os trabalhos de colheita. Já na região sul, são esperados grandes volumes de chuvas, que podem prejudicar região de café no Paraná. Apesar das chuvas, não são esperadas quedas de temperaturas e não há previsão de geadas.

Para o café cereja descascado, houve uma queda de 2,08% nos preços em Varginha (MG), em que a saca de 60 kg passou a ser cotada a R$ 470,00. Em Guaxupé (MG), os preços tiveram ganhos de 1,43% e a saca fechou a R$ 495,00.

Em Franca (SP), o café tipo 6 teve valorização significativa e a saca de 60 kg está negociada a R$ 450,00, maior valor de comercialização dentre as principais praças. Em Patrocínio (MG), a  alta foi de 2,38% com a saca sendo cotada a R$ 430,00.

Para o café tipo 4, o cenário foi positivo em quase todas as praças de comercialização. Franca (SP) teve a maior alta e a saca de 60 kg passa a valer R$ 460,00. Já em Poços de Caldas (MG) e a saca encerrou o dia a R$ 434,00, após a valorização de 2,12%.

Na sexta-feira (11), o indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,40% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 411,60. 

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Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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