Café: Bolsa de Nova York segue com ganhos e opera em alta na manhã desta 6ª feira

Publicado em 10/07/2015 10:10

Nesta sexta-feira (10), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) começaram com alta para os principais contratos, dando continuidade aos ganhos da última sessão. Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os cenários que envolvem desaceleração da economia chinesa e a crise na Grécia começam a perder a pressão.

Às 10h06, pelo horário de Brasília, o vencimento setembro subiu 65 pontos e era negociado a US$ 125,90 cents/lb. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 129,55, com alta de 55 pontos, enquanto março/16 subia 100 pontos e valia US$ 133,30 cents/lb.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha com leves altas nesta 5ª feira, dando seguimento a ganhos da última sessão

Nesta quinta-feira (09), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram com leves ganhos, pelo segundo dia consecutivo. O mercado conseguiu uma leve recuperação, diante das perdas observadas nos últimos dias. Pela manhã, os futuros do café subiam acima dos 100 pontos, mas não conseguiu sustentar os ganhos e fechou próximo da estabilidade.

A principal referência, o vencimento setembro/15, fechou  com alta de 30 pontos e cotado a US$ 125,25 cents/lb. Já dezembro/15 encerrou valendo US$ 128,75 cents/lb, após ganhos de 35 pontos, enquanto Março/16 subiu 30 pontos, negociado a US$ 132,30 cents/lb. Maio/16 também apresentou leve alta e encerrou cotado a US$ 134,40 cents/lb.

Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento positivo na ICE Futures US mostra que o mercado já precificou as piores notícias para a commodity. Magalhães também explica que o mercado financeiro segue na expectativa em relação as informações sobre a desaceleração da economia chinesa e também com novidades em relação a crise na Grécia. 

Já o dólar continuou em alta em relação as demais moedas e fechou a R$ 3,21, apesar da queda de 0,43%. As dificuldades políticas do Brasil também têm sido um dos fatores de influência desta alta, trazendo aumento imediato nos custos de produção, segundo Magalhães.

Colheitas

Pelo Brasil, as colheitas do arábica seguem, mesmo que com atraso em relação ao ano passado e aos poucos volumes de café começam a chegar nas cooperativas. Na região de Maringá, no Paraná, já foram colhidos 50% da produção estimada, segundo engenheiro agrônomo da Cocamar, Robson Ferreira. Mas com os volumes de chuvas, os trabalhos estão parados na região, o que pode trazer mais atrasos na colheita e nas vendas. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, explica que na região atendida pela cooperativa a colheita atingiu 21%, metade do volume atingido no mesmo período de 2014. Assim como foi observado em outras regiões, os grãos estão miúdos como reflexo das adversidades climáticas no primeiro semestre de 2015, mas a qualidade não traz preocupações ao presidente. 

Já em São Sebastião do Paraíso (MG) a colheita está um pouco mais avançada e atingiu 30%, segundo engenheiro agrônomo da Cooparaíso, Marcelo de Moura. Por lá, também são apresentados uma quantidade grande de grãos miúdos, que Moura explica ser comum no início dos trabalhos e que a qualidade não foi afetada. A preocupação também fica por conta do clima, que tem sido desfavorável para o andamento da colheita. 

Em Espiríto Santo do Pinhal (SP), a situação não é muito diferente, visto que a colheita tem apresentado grãos miúdos, que podem reduzir o volume de café esperado entre 20 e 30%, segundo explica o engenheiro agrônomo da Coopinhal, Celso Scanavachi. Mas a colheita avançou mais do que em Minas Gerais e atingiu os 40%, mesmo que ainda esteja atrasada em relação a última colheita. 

Assista:

» Cooxupé estima colheita do café em 21%, índice abaixo do ano passado. Primeiros lotes têm grãos miúdos mas qualidade preservada 

» Na região de São Sebastião do Paraíso- MG colheita de café chega a 30% com queda na produção por menor rendimento e grãos miúdos 

» Na região de Espírito Santo do Pinhal/SP, colheita do café já se aproxima da metade e grãos miúdos podem reduzir em até 30% a produção esperada 

Mercado interno

Com o feriado no estado de São Paulo que celebra a a Revolução Constitucionalista de 1932, os negócios ficaram em ritmo ainda mais lento do que nos últimos dias. Magalhães explica, que o cenário pessimista em relação aos preços não tem levado os produtores a ofertarem a safra, além do pouco volume disponível com os atrasos da colheita.

» Café: Forte queda de recebimento pelas cooperativas no sul de Minas

No cenário climático, uma frente fria avança pelo sudeste, de forma fraca, segundo a Somar Meteorologia. Com isso, as chuvas no Paraná devem diminuir e deve chegar chuvas no norte de São Paulo, sul de Minas Gerais e também para o Espírito Santo. A partir de domingo, uma nova frente fria deve avançar e volta a chover no Paraná e parte sul do estado de São Paulo. 

O café cereja descascado teve variação apenas em Poços de Caldas (MG), com a queda de 2,52%. Com isso, a saca de 60 kg passa a ser negociada a R$ 464,00. As demais praças fecharam estáveis, com Espirito Santo do Pinhal (SP) mantendo o maior valor praticado, a R$ 500 pela saca.

Para o café tipo 6 não houve variações em nenhuma praça. Enquanto o café tipo 4 teve queda de preço por saca em Poços de Caldas, que fechou em R$ 428,00.

» Clique e veja as cotações completas de café

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Por: Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas

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