Café: Após baixa de 540 pontos, Bolsa de Nova York opera com leves altas na manhã desta 5ª feira
Nesta quinta-feira (02), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciaram em leves altas, após perdas significativas no último pregão, que surpreenderam analistas. O cenário climático e a alta do dólar influenciaram as baixas registradas no último fechamento.
Às 10h18, pelo horário de Brasília, o contrato setembro/15 era cotado a US$ 127,10 com leve alta de 10 pontos. Já dezembro/15 valia US$ 130,90 com valorização de 15 pontos. O vencimento março/16 valia US$ 134,55, enquanto subia 15 pontos também.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York surpreende e fecha com baixa superior a 500 pontos nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (01), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com forte baixa e dá continuidade a perdas das sessões anteriores. Os principais vencimentos chegaram a ceder mais de 500 pontos e o pregão surpreendeu alguns analistas, que não esperavam baixas significativas como as apresentadas hoje.
Com isso, o vencimento setembro/15 voltou aos US$ 127 cents/lb, após a desvalorização de 540 pontos. Dezembro/15 encerrou com queda de 525 pontos e cotado a US$ 130,75 cents/lb. Já março/16 fechou a sessão valendo US$ 134,40 cents/lb, após perdas de 520 pontos.
Para o analista do Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes, as quedas registradas em Nova York surpreenderam e rompem a linha de suporte dos últimos dias. As volatilidades têm sido comuns no cenário internacional, com as cotações variando entre 126 cents e 140 cents nos principais contratos.
Para Carvalhaes, uma das justificativas para o cenário, além das movimentações técnicas que já eram esperadas para o pregão, pode ter sido a valorização do dólar, que chegou a subir 1,13%. As informações de clima também mexeram com o mercado, visto que há previsão de chuvas para as regiões produtoras, principalmente para parte do sul de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o que deve paralisar a colheita que segue em atraso.
Já para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, não há justificativas para a queda nas cotações no cenário internacional, apesar da movimentação técnica das últimas semanas, visto que o mercado está sem novidades. Além disso, os fundamentos e o dólar também não trariam quedas tão expressivas ao mercado.
Exportações
Já a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportações de café em grão referente ao mês de junho, num total de 21 dias úteis. Segundo os dados, foram embarcados 2,386 milhões de sacas de 60 kg, queda de 13,3% em relação a 2014. Em receita cambial, chegou aos US$ 392,8 milhões, queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
Sérgio Carvalhaes explica que com os atrasos na colheita, há pouco volume de café disponível ao mercado, por isso as reduções observadas, enquanto no mesmo período do ano passado, já havia algum volume de café para exportação.
» Receita com exportação de café recua 25% em junho em relação a mesmo período de 2014, aponta Secex
Mercado interno
Com as baixas observadas nos últimos dias em Nova York, o mercado interno tem se mantido sem grandes negócios, segundo Sérgio Carvalhaes. Com os preços menos atrativos, muitos produtores optam por segurar vendas e se focam no andamento das colheitas. Carvalhaes ainda explica que as chuvas previstas para regiões produtoras, certamente a colheita deve ser paralisada, pois os produtores estão atentos à qualidade dos grãos.
O café cereja descascado teve maior variação em Poços de Caldas (MG), após desvalorização de 3,20%, em que a saca de 60 kg passa a ser cotada a R$ 454,00, Guaxupé (MG) também teve mudanças de preços com a queda de 2,42%, fechando o dia a R$ 483,00 por saca.
O café tipo 6 encerra com queda de 3,45% em Patrocínio (MG), com a saca de 60 kg cotada a R$ 420,00. Já Araguari (MG) teve aumento de 2,27% nos preços da saca, que fecha o dia valendo R$ 450,00.
Para o café tipo 4, a maior variação aconteceu em Guaxupé (MG) com a queda de 2,42%, com a saca de 60 kg valendo R$ 483,00. Poços de Caldas (MG) também encerrou com desvalorização, de 1,62% e a saca passa a ser cotada a R$ 426,00.
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