Café: Sem principal referência por conta do feriado em NY, cotações do arábica no Brasil fecham praticamente estáveis

Nesta segunda-feira (25), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica não funcionou por conta do feriado do Memorial Day, comemorado nos Estados Unidos. Entretanto, mesmo sem a principal referência de mercado, as praças de comercialização do Brasil tiveram dia normal seguindo o dólar como referência de preço para iniciar a semana. Mas acabaram fechando o dia praticamente estáveis.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, apesar do físico funcionar hoje no Brasil, a paradeira ainda é grande em alinhamento com as recentes baixas nas bolsas.

"O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas, apostando suas fichas num cenário um pouco melhor no que tange as bases de preços praticadas", afirma o analista.

Ainda de acordo com Magalhães, para amanhã, é possível que haja algumas recompras no front, já que os patamares envolvidos estão excessivamente vendidos.

O tipo cereja descascado, nesta segunda, teve maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP com saca cotada a R$ 500,00 - estável. A maior variação no dia foi na cidade de Varginha-MG com alta de 2,22%.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 480,00 - estável. A oscilação mais expressiva foi em Varginha-MG com avanço de 1,19% e saca cotada a R$ 425,00.
 
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Araguarí-MG com R$ 440,00 a saca e queda de 6,38%. Foi a maior variação no dia.

Na sexta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,24% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 414,66.

Na semana passada, vários fatores, principalmente, técnicos determinaram a baixa nas cotações do café arábica em Nova York. E os preços nas praças de comercialização do Brasil acompanharam.

Na quinta-feira (21), pesou muito a divulgação da trading suíça Volcafe, divisão da ED&F Man, que elevou sua previsão para a produção global de café em 2015/16 para 154,5 milhões de sacas devido a uma melhoria na previsão para o Brasil e outros produtores. Espera-se que a colheita de café do nosso país seja de cerca de 52 milhões de sacas de 60 kg, 35,5 milhões de arábica e 16,5 milhões de café conilon.