Café: Bolsa de NY tem semana positiva, mas fecha com leve recuo nesta nesta 6ª feira após a forte alta de ontem

Publicado em 17/04/2015 17:55

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (17) em baixa, mas com preços quase estáveis. Na sessão anterior, o mercado avançou bem com a queda do dólar ante o real e os dados de estoques dos Estados Unidos, que caíram pela terceira vez consecutiva. Dos últimos cinco pregões, apenas dois registraram desvalorização nesta semana no terminal norte-americano.

O vencimento maio/15 fechou a sessão com 138,70 cents/lb e queda de 90 pontos, o julho/15 anotou 141,40 cents/lb com baixa de 10 pontos, o setembro/15 teve 144,00 cents/lb com desvalorização de 5 pontos e o dezembro/15 registrou 147,55 cents/lb com 10 pontos negativos.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os fechamentos para o café podem ser considerados de neutros a construtivos.

"O mercado encerrou o dia lateralizado, mas com níveis interessantes que indicam um viés de consolidação, temos que lembrar que daqui alguns dias entraremos no Brasil com um mercado de clima", explica o analista.

A alta do dólar hoje, segundo agências de notícias, ajudou a exercer pressão sobre o mercado. A moeda norte-americana às 16h20, tinha valorização de 0,96% frente ao real e estava cotada a R$ 3,0458 na venda. Quando o dólar está mais valorizado ante o real há maior competitividade nas exportações. Vale lembrar que a moeda recuou por três pregões seguidos.

Agentes de mercado também acompanham as condições climáticas no Brasil, avaliando a probabilidade de ocorrência de geadas no Sul do País e de precipitações que venham a dificultar a colheita, que ganhará volume nas próximas semanas.

Segundo mapas climáticos da Somar Mateorologia, os próximos dias no Sudeste devem ser marcados por pancadas de chuvas irregulares e com volumes pouco significativos. No Sul do País, uma frente fria é prevista, mas não deve ter força para chegar no cinturão produtivo da Região.

Nesta semana, os futuros oscilaram bastante. Segundo informações divulgadas hoje pelo relatório semanal do Conselho Nacional do Café (CNC), o enfraquecimento do dólar frente às principais moedas, inclusive dos países exportadores de commodities, influenciou a discreta valorização das cotações futuras do café arábica nesta semana. 

Outro fator que foi mencionado por analistas durante a semana e que em menor intensidade contribuiu para o avanço do mercado foi a queda dos estoques de café verde (em grão) de março dos Estados Unidos, divulgada pela Green Coffee Association (GCA).

Segundo a associação, a queda no mês passado foi de 116.443 sacas de 60 kg, totalizando 5.035.109 sacas até o fim de março. Em fevereiro, o volume foi de 5.151.552 sacas. Essa é a terceira queda consecutiva nos estoques do país que é um dos principais consumidores de café.

O movimento de recuperação no preço do petróleo também vale atenção. Nos últimos 30 dias, o petróleo WTI, negociado na Bolsa de Nova York, apresentou valorização de 24%, direção seguida pela maioria das commodities negociadas na bolsa norte-americana. Essa tendência, em um cenário de baixa probabilidade de elevação dos juros da economia dos EUA, cria um ambiente favorável ao fortalecimento das moedas dos países exportadores de commodities, a exemplo do real brasileiro.

Mercado interno

No Brasil, o setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 521,00 a saca e avanço de 2,76%. Foi a maior variação no dia.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também na cidade de Guaxupé-MG com R$ 539,00 a saca e valorização de 3,65%. A maior oscilação dentre as praças hoje.

O tipo 6 duro teve maior valor em Franca-SP com R$ 490,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com alta de 3,26% e saca valendo R$ 475,00.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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