Café: Bolsa de Nova York sustenta alta de ontem nesta 5ª feira, mas reduz ganhos no final de sessão

Publicado em 26/03/2015 17:29

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram leve alta nesta quinta-feira (26), elevando os ganhos da sessão anterior quando a valorização chegou a quase 300 pontos.

Durante o dia, as cotações no terminal norte-americano registraram intensa volatilidade. No início, inclusive, chegaram a operar no campo negativo, mas logo o mercado virou, subiu forte e chegou a ter ganhos acentuados. Porém, no final recuou um pouco e fechou com leve alta.

O vencimento para maio/15 encerrou a sessão com 140,25 cents/lb, o julho/15 anotou 143,50 cents/lb e o vencimento setembro/15 registrou 146,50 cents/lb, ambos com alta de 30 pontos. O vencimento dezembro/15 registrou 150,45 cents/lb com 25 pontos de avanço.

Informações que partem de agências internacionais dão conta que o mercado nesta quinta-feira deu sequência ao movimento de cobertura de posições vendidas. No entanto, também entraram algumas vendas associadas à realização de lucros, o que limitou uma alta expressiva.

Ontem, a divulgação da INTL FCStone que prevê uma safra menor nesta temporada acabou sustentando o mercado. Segundo a consultoria, a safra de café do Brasil 2015/16 deve ficar entre 44 milhões a 45,5 milhões de sacas de 60 kg em 2015ante  as 48 milhões a 49 milhões em 2014.

Estima-se que a de arábica fique em torno de 32,5 milhões a 33,5 milhões de sacas e a de robusta em 11,5 milhões a 12 milhões de sacas.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, os operadores na Bolsa de Nova York têm olhado muito para o curto prazo e o mercado carece de novidades. "Estamos em um período de entressafra com muitas dúvidas de como será a atual safra brasileira. Mas o mercado tem oscilado bastante conforme as informações do dia , outra questão que também tem influenciado bastante é o dólar", afirma.

Hoje, por volta das 16h12, a moeda norte-americana recuava 0,64% e estava cotada a R$ 3,1828 na venda, após subir 2,42% na sessão passada. O dólar quando está mais valorizado ante o real encoraja as exportações.

Ainda de acordo com Carvalhaes, a queda na safra atual já é consenso entre os envolvidos no mercado. "Todos estão conscientes de que a safra quebrou mesmo. Teremos menos café do que o Brasil precisa mesmo que caiam as exportações ", explica o analista.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua estimativa mais recente, a safra 2015/16 de arábica deve ficar entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas de 60 kg. Já a Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) prevê uma safra entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas.

Mercado interno

Segundo Carvalhaes, aqui no Brasil, o café dos produtores ainda disponível para vendas está chegando ao fim. O setor produtivo continuou arredio a conversas mercadológicas, deixando as praças de comercialização operando dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas.

O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 558,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas-MG que teve alta de 1,38% e saca é cotada a R$ 516,00.

O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 546,00 - estável. A oscilação mais expressiva ocorreu na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 3,18% e R$ 486,00 a saca.

Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 493,00 - estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas-MG onde a saca valorizou-se 2,16% e está cotada a R$ 472,00.

Na quarta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,37% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 458,58.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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