Café: Arábica cai quase 300 pts em NY nesta 6ª feira com realização de lucros
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em baixa nesta sexta-feira (20) após a subida do mercado por quatro sessões consecutivas.
Por volta das 10h27, o contrato maio/15 anotava 14,50 cents/lb com desvalorização de 265 pontos, o julho/15 tinha 144,90 cents/lb e o vencimento setembro/15 registrava 147,90 cents/lb, ambos com 245 pontos de baixa.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa norte-americana opera em baixa com realização de lucros. Para ele, o mercado interno deve ter um dia lento com preços buscando sustentação.
Na sessão anterior, o mercado fechou com alta expressiva em Novas York. Os operadores corrigiram os patamares de preço devido à queda forte das sessões anteriores.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira
Café: Bolsa de Nova York fecha com alta expressiva nesta 5ª feira e estende os ganhos da sessão anterior
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam acentuadamente mais altas nesta quinta-feira (19) e estenderam os ganhos da sessão anterior. Esse é o quarto pregão consecutivo de valorização no terminal norte-americano com o mercado chegando aos níveis mais altos desde 24 de fevereiro.
O contrato março/15 que expira hoje encerrou o dia com 140,00 cents/lb e 375 pontos de avanço, o maio/15 anotou 144,15 cents/lb com valorização de 410 pontos, o julho/15 teve 147,35 cents/lb e 400 pontos de alta e o vencimento setembro/15 registrou 150,35 cents/lb com 405 pontos positivos.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, a valorização dos futuros do arábica são baseadas em fatores técnicos e não fundamentos. "Houve uma correção dos patamares de preço devido à queda das sessões anteriores. O mercado percebeu que não era para ter caído tanto. Também há alguns temores entre os operadores com relação a safra 2015/16", afirma.
Entretanto, apesar de ser a quarta subida consecutiva do mercado internacional nos futuros do arábica, o analista acredita que ainda não é possível falar em reversão dos patamares de preço. Vale lembrar que o mercado registrou a algumas semanas fortes e consecutivas perdas.
Ainda segundo Barabach, os operadores na Bolsa de Nova York agora estão atentos a evolução da safra brasileira e a demanda pela commodity nos principais países consumidores. "O mercado agora vai olhar para os números da safra brasileira de café 2015/16 e também para a demanda que deve ser mais tranquila no hemisfério norte em função da temporada quente", explica.
O dólar mais valorizado ante o real que contribuiu para derrubar as cotações, agora limita ganhos mais expressivos no terminal norte-americano. "O dólar alto sempre joga contra as commodities porque torna as exportações mais atrativas", explica Barabach.
A moeda norte-americana encerrou esta quinta-feira com alta de 2,56% cotada a R$ 3,2965 na venda, é o maior nível de fechamento desde 1º de maio de 2003.
Mercado interno
O lado interno tem praças de comercialização sem aumento de negócios e baixa liquidez. A base de preços para o vendedor em reais abre mais oportunidade de conversas mercadológicas, entretanto eles permanecem arredios às negociações.
Segundo Barabach, o dólar mais forte melhora as vendas, mas também implica em maiores gastos para o cafeicultor. "As posições com safra 2016 terão maior influência no preço dos custos de produção, por isso o produtor está mais cauteloso".
Nesta quinta, o tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 583,00 a saca e alta de 3,55%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com valorização de 4,00% e saca cotada a R$ 520,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 571,00 e avanço de 3,63%. A oscilação mais expressiva do dia foi em Varginha-MG que teve valorização de 4,04%.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG com R$ 518,00 a saca e alta de 4,02%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Marília-SP com valorização de 6,67% e saca cotada a R$ 480,00.
Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,22% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 468,08.