Café: Bolsa de NY opera no campo negativo na manhã desta 6ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda moderada nesta sexta-feira (13) e parecem reverter a ligeira reação que foi registrada na sessão anterior.
Nos últimos pregões, o mercado tem sido pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o real que encoraja as exportações brasileiras de café.
Por volta das 10h11, o vencimento maio/15 anotava 131,05 cents/lb com queda de 115 pontos, o julho/15 tinha 134,35 cents/lb com desvalorização de 110 pontos e o contrato setembro/15 registrava 137,60 cents/lb com 80 pontos negativos.
Na sessão anterior, o mercado registrou ligeira recuperação na bolsa norte-americana com aspectos técnicos. O vencimento maio/15, o mais negociado, não conseguiu romper o suporte de US$ 1,30/lb no pregão de ontem, e isso acabou dando sustentação para movimentos compradores.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira
Café: NY fecha esta 5ª com ganhos moderados; Procafé e CNC estimam safra entre 40,3 mi e 43,25 mi de sacas
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta moderada nesta quinta-feira (12). A sessão foi marcada por intensa volatilidade com os futuros oscilando nos dois campos. Esta foi a única sessão da semana que os preços tiveram ganhos.
O vencimento março/15 encerrou o pregão com 128,85 cents/lb, o maio/15 anotou 132,20 cents/lb, ambos com valorização de 45 pontos. O contrato julho/15 fechou a sessão com 135,45 cents/lb e avanço de 40 pontos e o setembro/15 registrou 138,40 cents/lb com 45 pontos positivos.
Segundo informações de agências internacionais, durante o pregão desta quinta-feira fatores técnicos imulsionaram a alta nas cotações uma vez que o dólar ainda continua firme acima de R$ 3,10 e o cinturão produtivo vem recebendo chuvas.
O que pesou foi que o vencimento maio/15, o mais negociado, não conseguiu romper o suporte de US$ 1,30/lb no pregão, e isso acabou dando sustentação para movimentos compradores.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, com o fechamento de hoje espera-se que as cotações possam reagir. "Os níveis depois de testarem o suporte em Nova York voltaram em recompras deixando os mesmos numa visão técnica bem construtivos. Ao que parece, o mercado poderá voltar a buscar os 135,00 e depois os 140,00 cents/lb, salvo é claro, um fato novo que possa frustrar esta correção", diz.
O dólar que tem pressionado muito o mercado nas últimas sessões fechou esta quinta mais uma vez com alta e renovou as máximas de quase onze anos com o cenário político e econômico delicado em que o Brasil vivencia.
A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 1,08% cotada a 3,1615 reais na venda. O dólar mais forte ante a moeda brasileira dá mais competitividade para as exportações de café.
Com relação ao clima, segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, áreas de instabilidade permanecem beneficando as lavouras do Sudeste com pancadas de chuva em São Paulo e as faixas sul e oeste de Minas Gerais. Nas outras áreas as chuvas são irregulares.
Estimativa de safra da Procafé e CNC
Nesta quinta-feira (12), a Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) anunciaram uma estimativa que era aguardada ansiosamente pelos cafeicultores. Segundo as entidades, a safra brasileira de café deste ano deve ter produção entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg.
A estimativa confirmou o que os produtores já vinham relatando. O ano de 2015 pode ser mais um de quebra na colheita de café, no ano passado foram colhidas 45,34 milhões de sacas. A informação, no entanto, segundo analistas não repercutiu tanto no mercado externo.
Os operadores na Bolsa norte-americana baseiam-se nas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em sua previsão mais recente não “capturou” os efeitos do veranico que atingiu o cinturão cafeeiro no início deste ano e estimou em janeiro uma safra brasileira entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada.
» Safra de café do Brasil 2015 cairá para 40,3-43,25 mi sacas, prevê Procafé
Mercado interno
Segundo Magalhães, apesar do cenário externo nada de anormal se viu nas praças de comercização do Brasil. Os produtores continuam na defensiva à espera de melhores patamares de preço.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 523,00 a saca e alta de 2,35%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com alta de 3,46% e saca cotada a R$ 478,00.
O tipo 4/5 teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 511,00 mesmo com queda de 1,54%. A maior variação no dia ocorreu na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 2,35% com saca cotada a R$ 435,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Araguarí-MG com R$ 490,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Patrocínio-MG com valorização de 4,44% e saca cotada a R$ 470,00.
Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,05% e está cotado a R$ 429,07 a saca de 60 kg.