Café: NY esboça recuperação nesta 6ª feira; Em fevereiro, desvalorização foi de 15%

Publicado em 27/02/2015 10:42

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta nesta sexta-feira (27). Por volta das 10h35, o vencimento março/15 tinhaa 139,20 cents/lb com avanço de 265 pontos, o maio/15 anotava 142,60 cents/lb com alta de 205 pontos, o julho/15 tinha 145,20 cents/lb com valorização de 175 pontos e o contrato setembro/15 registrava 148,05 cents/lb com 185 pontos positivos.

Na sessão anterior, as cotações caíram mais de 300 pontos com operadores antentos com a chuva no Brasil e a valorização do dólar ante o real, que encoraja as exportações.

De acordo com informações de agências internacionais, no mês de fevereiro as cotações do arábica desvalorizaram-se cerca de 15%. A melhora das condições climáticas no cinturão produtivo que leva mais umidade aos cafezais e a questão cambial contribuíram para esse recuo. Os operadores na bolsa norte-americana acreditam que com essas chuvas a situação dos cafezais fica regular e pode culminar em melhor produção que na temporada anterior.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Mercado tem terceira queda na semana e cotações se aproximam de US$ 1,40 em NY nesta 5ª feira

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) mais um vez registraram queda nesta quinta-feira (26). Os futuros chegaram a esboçar leve reação no início da manhã, mas logo viraram com fatores baixistas mais um vez pesando entre os operadores na bolsa norte-americana. Essa é a terceira baixa na semana.

O contrato março/15 fechou o pregão com 136,55 cents/lb e queda de 320 pontos, o maio/15 anotou 140,55 cents/lb, o julho/15 encerrou a sessão com 143,45 cents/lb e o vencimento setembro/15 registrou 146,20 cents/lb, ambos com 290 pontos de recuo.

De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a questão cambial e as chuvas que caem no cinturão produtivo ainda repercutem. "Os operadores na bolsa acreditam que com essas chuvas frequentes a safra deste ano será boa. No entanto, não é bem isso, elas servem apenas para a granação dos frutos. Outra questão é o fortalecimento do dólar ante real, que exige mais moedas brasileiras por saca e faz as cotações caíram para os investidores terem mais ganhos", afirma.  

Ainda de acordo com o analista, toda essa questão econômica que o Brasil vive também influencia diretamente nas cotações em Nova York. Nesta semana, o mercado tem se baseado muito na questão cambial. Hoje, por volta das 16h25, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,882 na venda com valorização de 0,495%.

Ontem, o dólar subiu quase 1,5% após a Moody's rebaixar o grau especulativo da Petrobras. O que diminui a atratividade dos ativos brasileiros e piora a perspectiva de recuperação econômica do país.

Carvalhaes também informou que o bom volume embarcado pelo Brasil leva os operadores a acreditar que os estoques estão altos e que não falta café, o que não é realidade. "A verdade é que os estoques estão no final", explicou o analista por telefone. 

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de café em grão até o dia 22 de fevereiro (13 dias úteis) atingiram 1,855 milhão de sacas de 60 kg com receita de US$ 366,5 milhões. No mês passado, os embarques de café totalizaram 2,725 milhões de sacas.

Com relação ao clima, de acordo com mapas da Somar Meteorologia, nos próximos dias precipitações devem ser registradas no norte do cinturão produtor de café do Sudeste. E mais ao sul, seguem chuvas em forma de pancadas.

Mercado interno

O ritmo de negócios no lado interno está travado com as baixas externas e o mercado também perdeu liquidez.

O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG mesmo com queda de 0,78% e a saca está cotada a R$ 508,00. A variação mais expressiva do dia foi na cidade de Varginha-MG que registrou queda de 4,00% com saca cotada a R$ 480,00.

O tipo 4/5 teve maior valor também em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 496,00 e baixa de 1,00%. A localidade com maior oscilação no dia foi Varginha-MG com queda 6,19% e saca cotada R$ 455,00.

Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Araguarí-MG com saca cotada a R$ 470,00 - estável. O município com maior oscilação no dia foi Franca-SP com queda de 4,26% e saca cotada a R$ 450,00.

Na quarta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 2,95% e está cotado a R$ 432,93 a saca de 60 kg.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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