Café: NY fecha com alta nesta 6ª feira, após registrar o menor patamar em 11 meses no pregão anterior

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram preços mais altos no pregão desta sexta-feira (23), após atingir o menor patamar em 11 meses e cinco sessões consecutivas de queda com previsão de chuva nas cidades produtoras do Brasil. No entanto, hoje foi dia de ajuste com operadores limitando os preços no patamar de US$ 1,60 para o principal vencimento.

O contrato março/15 registrou 162,45 cents/lb e o maio/15 anotou 165,15 cents/lb, ambos os contratos com alta de 250 pontos. O vencimento julho/15 fechou a sessão com 167,75 cents/lb e avanço de 255 pontos e o setembro/15 registrou 170,10 cents/lb com 260 pontos positivos.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, após as quedas nas sessões anteriores, o mercado parece ter encontrado um bom nível para a posição mais negociada, março/15. “Os investidores estão indicando que encontraram um bom piso em Nova York para consolidar e assim, o nível de 160,00 cents/lb na posição março/15 acabou ficando com suportes. Ao que parece, não há ímpeto vendedor abaixo deste patamar e isso pode ser um bom indicativo para que recompras surjam no front”, explica o analista.

Desde quarta-feira (21), as regiões Sudeste e Centro-Oeste registram volume de chuva mais significativo nas lavouras de café conforme previam meteorologistas, porém, ainda assim a situação preocupa.

Para se ter ideia da seca enfrentada em regiões produtoras de café, em entrevista ao Notícias Agrícolas na manhã desta sexta-feira, o produtor rural de Vargem Alta (ES), Amarildo José Sartori, informou que no município há ausência de chuvas há mais de 30 dias e as altas temperaturas afetam o desenvolvimento dos frutos.

» Confira a entrevista do produtor rural, Amarildo José Sartori

Mercado interno

Durante a semana, as praças de comercialização trabalharam em um grande vazio de ofertas, com cafeicultores aguardando o desfecho de toda essa adversidade climática enfrentada pelo segundo ano consecutivo na maior parte das lavouras de café.

Nesta sexta-feira, o tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 523,00 e alta de 0,97%. A variação mais expressiva no dia foi registrada na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 2,00% e saca cotada a R$ 490,00. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista do Notícias Agrícolas André Bitencourt Lopes)

Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 511,00 com avanço de 0,99%. A maior oscilação no dia foi em Varginha-MG com queda de 1,06% com R$ 465,00 a saca. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista do Notícias Agrícolas André Bitencourt Lopes)

O tipo 6 duro tem maior valor na cidade de Franca-SP que tem R$ 480,00 a saca — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 2,13% e saca cotada a R$ 460,00. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista do Notícias Agrícolas André Bitencourt Lopes)

Na quinta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 1,54% e está cotado a R$ 440,45 a saca de 60 kg.

» Clique e veja as cotações do mercado interno nesta sexta-feira (23)