Café: Após feriado, ICE retoma negócios com baixa nesta 3ª feira e preços estão próximos do patamar de US$ 1,70

Publicado em 20/01/2015 09:47

Na retomada dos negócios hoje, após o feriado em homenagem a Martin Luther King, nos Estados Unidos, comemorado na segunda-feira, as cotações do café arábica mantém a trejetória de queda iniciada na quinta-feira da semana passada.

Por volta das 12h48, o contrato março/15 registrava 167,15 cents/lb com queda de 385 pontos, o maio/15 anotava 169,55 cents/lb com recuo de 410 pontos e o julho/15 tinha 172,10 cents/lb com 400 pontos de baixa.

De acordo com analistas, na semana passada, o mercado não conseguiu romper a resistência de 185,00 cents/lb e os preços recuaram fortemente se aproximando do suporte de 166,00 cents/lb.

Na sessão anterior, o mercado também registrou forte queda com operadores confiantes em chuvas nesta semana no cinturão produtivo e liquidando posições. No entanto, segundo informações da Somar Meteorologia, as precipitações serão irregulares com volumes limitados a 15 milímetros nas regiões da Mogiana, sul e cerrado de Minas Gerais.

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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: NY cai pela segunda sessão consecutiva nesta 6ª feira com operadores confiantes em chuva para próxima semana

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram mais um dia de queda nesta sexta-feira (16) e os preços estão próximos dos 170,00 cents/lb após tentativa frustrada de romper o patamar de US$1,85. Os investidores estão na defensiva e no aguardo de previsões mais concretas sobre as adversidades climáticas no Brasil.

O contrato março/15 registrou 170,00 cents/lb e o maio/15 anotou 173,65 cents/lb, ambos com recuo de 565 pontos. O vencimento julho/15 fechou a sessão com 176,10 cents/lb e baixa de 560 pontos e o setembro/15 registrou 178,10 cents/lb e 565 pontos negativos. É o segundo pregão consecutivo de queda.

As principais regiões produtoras de café enfrentam seca parecida com a do início do ano passado. No início desta semana, os preços subiram com as altas temperaturas e falta de chuva nas cidades produtoras.

Segundo informações reportadas pela Reuters nesta sexta-feira com base em entrevista com responsáveis do Conselho Nacional do Café, a safra de café do Brasil em 2015 será menor do que o estimado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), uma vez que as projeções do governo foram feitas em dezembro, antes do período seco de janeiro.

» CNC diz que safra de café do Brasil em 2015 será menor que projetado pela Conab

No entanto, os investidores da bolsa norte-americana parecem não estar mais preocupados com o cenário climático e ajustaram os preços com informação de chuva no cinturão produtivo na próxima semana.

“Presenciar uma baixa nas cotações em Nova York de 500 pontos dentro de um cenário climático adverso no cinturão produtivo do Brasil onde a seca e as temperaturas são épicas ao momento vivido aliado a queda consecutiva nos estoques americanos de café, estoques baixos no Brasil e por fim demandas crescentes e constantes, realmente, é de tirar o fôlego de qualquer operador que tem mínimas noções de mercado”, diz o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, afirmou que 2015 começa pior que ano anterior e a situação pode ser mais crítica para produção de café com possibilidade de prejuízo em na safra de 2016. As lavouras de arábica estão em fase de granação e necessitam de um bom volume pluviométrico para o desenvolvimento uniforme dos grãos.

» 2015 começa pior que ano anterior e situação pode ser mais crítica para produção de café

Mercado interno

Os negócios no mercado interno já estavam baixos há alguns dias. No entanto, a queda na Bolsa de Nova York ontem e hoje ajudou a intensificar esse cenário. As praças registraram preços estáveis ou negativos nesta sexta-feira.

O tipo cereja descascado tem maior valor de negociação na cidade de Varginha-MG com saca cotada a R$ 550,00 — estável . A variação mais expressiva no dia foi em Guaxupé-MG com queda de 2,32% e saca cotada a R$ 548,00.

Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 536,00 e registrou queda de 2,72%, A praça com maior oscilação no dia foi Franca-SP com alta de 2,94% e R$ 525,00.

O tipo 6 duro teve maior valor em Varginha-MG com variação estável e saca cotada a R$ 52000. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Araguarí-MG que tem saca cotada a R$ 490,00 e registrou queda de 7,55%.

Na quinta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 0,87% e está cotado a R$ 490,22 a saca de 60 kg.

Tipo 4/5 segue NY e fecha em queda

As cotações do café arábica tipo 4/5 encerraram esta sexta-feira com queda na BM&F Bovespa. O vencimento março/15 registrou US$ 207,25 com desvalorização de 3,63% e o setembro/15 fechou o dia com recuo de 3,31% cotado a US$ 216,10.

Robusta registra queda em Londres

As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com preços mais baixos nesta sexta. O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1938,00 por tonelada com desvalorização de US$ 35, o março/15 teve US$ 1971,00 por tonelada e recuo de US$ 27 e o maio/15 anotou US$ 1999,00 por tonelada e queda de US$ 28.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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