Café: Após cinco sessões consecutivas de alta, preços do café arábica em NY caem 330 pontos nesta 2ª feira
As cotações do café arábica registraram queda no pregão desta segunda-feira (12) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), após cinco sessões consecutivas de alta com investidores preocupados com o clima no Brasil. Na semana passada, o mercado avançou mais de 12%.
No entanto, hoje foi dia de realização de lucros ante as recentes valorizações em um dia marcado por queda em quase todas as commodities. O contrato março/15 registrou 176,75 cents/lb, o maio/15 anotou 179,40 cents/lb, o vencimento julho/15 fechou com 181,85 cents/lb e o setembro/15 registrou 183,85 cents/lb, ambos com recuo de 330 pontos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa norte-americana teve um fechamento considerado neutro nesta segunda e com uma atuação sadia já que operou acima de interessantes resistências, o que tecnicamente avaliza a tendência corretiva para os níveis de preços praticados, disse.
Informações reportadas pela Reuters, afirmam que alguns meteorologistas suavizaram suas previsões, apontando aumento de chuva em algumas áreas produtoras na próxima semana, embora o Reuters Weather Dashboard indique que o Sudeste do Brasil deverá receber, até 27 de janeiro.
As altas registradas na Bolsa de Nova York nas últimas sessões ao que parece refletem a situação das lavouras. Também de acordo com a Reuters, o Sul de Minas Gerais poderá produzir 20% a menos em 2015 do que em 2014 em função da seca, a informação partiu da Cocatrel. Vale ressaltar, que no início do ano passado as lavouras também sofreram com falta de chuvas e altas temperaturas.
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O CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou nesta segunda-feira (12), o volume total de café exportado em 2014. Segundo o Conselho, foram embarcadas 36.320.574 sacas e uma alta de 14,7% em relação a 2013 — um recorde. A receita gerada chegou a US$ 6,576 bilhões, e representa um aumento de 26,0% sobre o resultado do ano anterior (US$ 5,219 bilhões).
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A Conab deve divulgar o primeiro levantamento para a safra 2015 de café no Brasil nesta terça-feira (13), informou a assessoria.
Mercado interno
Segundo Magalhães, a baixa em Nova York não foi recíproca no mercado interno e a paradeira é grande. “O ano de 2015 ainda não começou de fato e isso, vem deixando as praças de comercialização, operando dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas. Ao que parece, a semana deverá ser marcada por ansiedade e patamares elevados”, afirma o analista.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG, mesmo com preço estável e tem saca cotada a R$ 582,00. A variação mais expressiva no dia foi na cidade de Varginha-MG com queda de 5,36% e R$ 530,00 a saca.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também continua sendo Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 566,00 . O município com maior oscilação foi Franca-SP que registrou queda 1,89% e tem preço de R$ 520,00 a saca.
O tipo 6 duro continua com maior valor em Araguarí-MG com R$ 530,00, mesmo preço de sexta-feira. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Marília-SP que tem saca cotada a R$ 490,00 e teve alta de 4,26%.
Na sexta-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,07% e está cotado a R$ 493,90 a saca de 60 kg.
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Tipo 4/5 segue NY e registra queda na BM&F
As cotações do café arábica tipo 4/5 registraram preços mais baixos nesta segunda na BM&F Bovespa. O vencimento março/15 registrou US$ 219,90 com desvalorização de 1,83% e o setembro/15 fechou o dia com recuo de 2,19% cotado a US$ 223,00.
Londres avança com possibilidade de déficit de oferta
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com alta nesta segunda-feira com a projeção de um déficit de oferta de café robusta, cerca de 3 milhões de sacas em 2014/15. As informações são de agências internacionais
O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1950,00 por tonelada com valorização de US$ 17, o março/15 teve US$ 1974,00 por tonelada e avanço de US$ 11 e o maio/15 anotou US$ 2002,00 por tonelada e alta de US$ 12.