CAFÉ: Consultor aponta estoques brasileiros abaixo de 3 milhões de sacas
Os estoques de passagem para o café brasileiro na safra 2013 estão em 2.876.198 sacas de 60 quilos, segundo apurou o produtor e consultor de café Marco Antonio Jacob. Para chegar a esse resultado, ele recorreu ao relatório divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que apontou um número de 15.217.572 sacas referentes ao produto remanescente do ano cafeeiro (jul/2013 a jun/2014), datados de 31 de março de 2014 e subtraiu o volume utilizado para consumo interno relatado pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) e de exportação anotados pela Cecafé (Conselho dos Exportadores de café do Brasil) dos meses de abril, maio e junho.
Acompanhe o cálculo na tabela:
O resultado desse material é muito menor em relação ao estimado por empresas exportadoras e alguns órgãos ligados ao setor, que variavam entre 6 a 12 milhões de sacas. A exportadora Comexim, por exemplo, divulgou em abril material prevendo que o estoque giraria em torno de 11,5 milhões de sacas.
Em contraponto às previsões otimistas do mercado, o analista do Escritório Carvalhaes em Santos-SP , Eduardo Carvalhaes, já havia publicado em seu relatório do dia 11 de julho que: “Nosso estoque de passagem (estoques remanescentes no final de junho último) deveria ser o menor das últimas décadas”.
Exportações para os próximos 12 meses podem ser menores em 9 milhões
O estudo de Jacob revela ainda outra matemática importante. Se os números da Conab de estoques (15.217.572 sacas) e da safra 2014 (44,6 milhões de sacas) forem confirmados e se for subtraído do volume total, o número da demanda interna para o ano, que gira em torno de 20 milhões de sacas, teremos 24,6 milhões de sacas restantes. Concluindo, o volume para exportação seria de 24,6 milhões de sacas, mais os estoques de 2,87 milhões de sacas, para um total de 27,47 milhões de sacas.
“Esse volume de 27,47 milhões de sacas já é bem menor do que exportamos esse ano (quase 34 milhões de sacas). Além disso, os estoques nunca são zerados e o produtor também pode não vender, caso não seja de interesse. No meu ponto de vista, no ano que vem teremos algo em torno de 25 milhões de sacas apenas para exportação”, concluiu Marco Antonio Jacob.
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