Geada já atinge algumas regiões produtoras de café em Minas Gerais, e perdas continuam a castigar a colheita

Publicado em 19/07/2012 14:42
A região cafeeira de Minas Gerais continua sofrendo com as perdas causadas pelas chuvas, e na última madrugada chegou a gear em alguns municípios, o que trouxe ainda mais preocupação aos produtores rurais.

De acordo com Victor Ângelo Ferreira, produtor da cidade de Nepomuceno, a região recebeu uma geada leve nesta madrugada, e a maior preocupação é que o acontecimento se repita . “A segunda geada é sempre mais forte”, diz ele.  O  prejuízo na propriedade de Victor já chega a R$80,00 por saca.

O cenário das lavouras no sudeste brasileiro é caótico, e a maior parte dos grãos já são classificados como bebida Rio, cuja qualidade já é inferior. Além disso, o preço do café Rio corresponde a praticamente a metade do valor dos grãos de qualidade, além do rendimento ser menor. Há quem acredite que a demanda continuará existindo, ainda assim, mas as perdas são visíveis. 

Além da geada dessa madrugada, as chuvas também continuaram durante a última semana nas regiões produtoras, e já há previsão de que a safra seja menor do que as projeções iniciais. A incerteza com relação a que tipo de produto será colhido também faz  as exportações estacionarem, já que o produtor ainda não sabe o que terá em mãos para fechar os contratos de venda.

Segundo a Cooperativa dos Produtores de Café de Coopiumhi-MG,  a última madrugada registrou temperaturas de 2,5 graus. As pastagens de baixada já foram impactadas, mas os prejuízos para o café só poderão ser medidos daqui a alguns dias.

No Globo Rural: Cafeicultores correm contra o tempo e trabalham à noite em MG

Na lavoura de Eufrânio Pereira em Três Pontas, no sul de Minas Gerais, as colheitadeiras não entram em algumas partes, o terreno acidentado só permite a colheita manual ou com a ajuda das derriçadoras. Até agora, o agricultor só colheu 37% das 800 sacas previstas.

Em muitas fazendas, quando a noite chega o trabalho continua. Em uma propriedade em Três Pontas, os secadores funcionam sem parar para dar conta dos 300 mil litros de café que chegam diariamente das lavouras.

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Por: Thaís Jorge
Fonte: Notícias Agrícolas

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