Ministro anuncia linhas de crédito para a pecuária

Publicado em 04/05/2011 07:53
Uma das linhas será destinada à renovação de pastagens, com ênfase em melhoria de produtividade. Outras duas vão incentivar a retenção e a aquisição de matrizes
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anunciou nesta terça-feira, 3 de maio, que o Plano Safra 2011/2012 - a ser lançado em junho - contará com três linhas de crédito específicas para a pecuária. A informação foi passada aos criadores na abertura oficial da 77ª. Expozebu, em Uberaba (MG). “Diferentemente da agricultura, a pecuária não tem um sistema de apoio no que diz respeito ao seu financiamento. A expansão da pecuária brasileira está a exigir essa mudança”, afirmou o ministro.

Wagner Rossi lembrou que o ciclo produtivo da agricultura é de no máximo um ano, enquanto a criação demanda de quatro a cinco anos. Por isso, a necessidade de um sistema de financiamento próprio para a pecuária.

Segundo o ministro, uma das linhas será destinada à renovação de pastagens, com ênfase em melhoria de produtividade. O crédito abrangerá atividades como correção de solo, adubação, manejo e melhorias genéticas nas gramíneas degradadas.

Outras duas linhas de crédito incentivarão a retenção e a aquisição de matrizes. Levantamentos indicam que cerca de um terço dos abates no Brasil são de fêmeas. “Quando matamos a fêmea, antecipamos uma receita, mas perdemos receitas muito maiores no futuro”, justificou Wagner Rossi. Segundo o ministro, o volume de recursos e os prazos ainda estão sendo definidos em conjunto com o BNDES e o Banco do Brasil.

Homenagem

Durante a cerimônia, Rossi foi homenageado com a medalha do Mérito da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que anualmente destaca personalidades que contribuem para o desenvolvimento da pecuária zebuína. Participaram da solenidade os ministros do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) – grupo que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile. Estiveram presentes os ministros da Agricultura da Argentina, Julian Dominguez, e do Uruguai, Tabaré Aguerre; a ministra do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, Nemesia Achacollo; o vice-ministro da Agricultura do Paraguai, Armin Hamann; e o diretor do Ministério da Agricultura do Chile Gustavo Rojas. As autoridades estrangeiras vieram a Uberaba a convite de Wagner Rossi, que atualmente preside o CAS, para conhecer os avanços tecnológicos e genéticos da pecuária brasileira.

Três novas linhas vão financiar a pecuária

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, anunciou, ontem, durante a abertura da Expozebu, em Uberaba (MG), que o Plano Safra 2011/12 terá três linhas de crédito específicas para a pecuária bovina. A razão para o lançamento de linhas só para o segmento, segundo o ministro, é que "a pecuária não tem um sistema de apoio no que diz respeito ao seu financiamento. A expansão da pecuária brasileira está a exigir essa mudança", disse, em nota.

Uma das linhas de crédito será destinada à renovação de pastagens, com o objetivo de melhorar o rendimento da atividade. Correção de solo, adubação, manejo e melhorias genéticas serão contempladas. As outras duas linhas financiarão a retenção e a aquisição de matrizes. Conforme Rossi, o volume de recursos e os prazos ainda estão sendo definidos com o BNDES e o Banco do Brasil.

O ministro observou que o ciclo produtivo da agricultura é de no máximo um ano enquanto o da pecuária dura de quatro a cinco anos, daí a necessidade de um sistema de financiamento próprio para a criação de bovinos.

Também na Expozebu, Rossi, assinou instrução normativa, que define os critérios da Guia de Trânsito Animal (GTA) em formato eletrônico. A chamada e-GTA será adotada para movimentação de animais vivos, ovos férteis e outros materiais de multiplicação animal em todo o país. O documento eletrônico terá informações referentes à carga a ser movimentada, como espécie, origem, destino, finalidade do trânsito e identificação do emitente, e outras.

A e-GTA será expedida por sistema informatizado, utilizado pelo Ministério da Agricultura. As informações serão transmitidas a uma base de dados única, em até 24 horas após a sua emissão, onde poderão ser consultadas, atestando a autenticidade do documento. Segundo o ministério, a emissão via sistema informatizado já era feita em alguns Estados, mas não havia um sistema central para reunir os dados nacionalmente.

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Fonte: Mapa + Valor Econômico

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