MT: Capacidade de abate no Estado está comprometida

A capacidade de abate em Mato Grosso continua comprometida em 30%. Segundo o Imea, das 40 plantas frigoríficas existentes no Estado com Serviço de Inspeção Federal (SIF), com capacidade abater 38,406 mil animais por dia, apenas 17 estão funcionando. Ao longo de 2010, o número de plantas ativas apresentou variação, chegando ao mínimo de 12 unidades em atividade. Apesar disso, o desempenho das empresas ainda é melhor do que foi registrado em 2009, quando o ano fechou com 14 indústrias em operação.

De acordo com o levantamento do Imea, a situação mais crítica continua na região Nordeste, detentora de 4,8 milhões de cabeças, com 78% da capacidade de abate parada. Na região Noroeste do Estado, onde se concentra cerca de 5 milhões de cabeças de gado, 51% da capacidade de abate está comprometida. O superintendente do Imea, Otávio Celidônio, ressalta que "os números comprovam que 2010 foi o melhor nos últimos 6 anos, tanto na recuperação do preço da arroba quanto nas exportações".

O presidente da Acrimat, José João Bernardes, diz que mesmo com os problemas a pecuária está mantendo boas relações com os frigoríficos. Ele explica que os interesses entre as classes, em relação ao preço do produto, estão mais próximas.

Sobre a expectativa do setor, Bernardes afirma que para 2011 a oferta do boi gordo vai continuar restrita devido ao abate das fêmeas em 2006 e 2007 e que seca registrada no ano passado continuará refletindo neste ano. "Acreditamos que para o consumidor final não haverá impacto negativo, pois os varejistas já acumularam um valor considerável nos preços da carne, o que deve garantir a manutenção dos valores em 2011".