Boi: Futuros na B3 cedem mais de 4% nesta 5ª feira com realização de lucros e atenção ao físico

Publicado em 28/11/2024 11:23
Preços operam em queda pela 3ª sessão seguida na B3; impacto pode chegar aos novos negócios

As negociações futuras do boi gordo operam com quedas de mais de 4% na Bolsa Brasileira (B3) na sessão desta quinta-feira (28). Os contratos estão recuando devido uma realização de lucros, mudança de posições e atento em como será o desempenho no mercado físico nos próximos dias. 

Por volta das 10h49 (Horário de Brasília), o vencimento novembro/24 registrava queda de 0,33% e está precificado próximo de R$ 351,00/@. Enquanto, o contrato dezembro/24 trabalhava com desvalorização de 4,96% e estava sendo negociado em R$ 321,10/@ e o vencimento Janeiro/25 estava cotado em R$ 315,65/@ e estava com baixa de 4,94%.

A consultoria Safras & Mercado apontou que os preços futuros operam em queda pela terceira sessão seguida. A consultoria ainda destacou que do ponto de vista gráfico, é evidenciada quebra das médias móveis, o movimento parabólico também confirma a inversão de tendência, com o contrato dezembro trabalhando em tendência de queda.

Grafico futuro das negociações na B3 | Fonte: Safras & MERCADO

Segundo as informações da Agrifatto Consultoria,  o movimento negativo se manteve na maioria dos contratos na sessão desta quarta-feira (27) na B3, com exceção de nov/24, sendo o fev/25 o vencimento com a maior desvalorização (-2,73%), estabelecendo-se em R$ 323,00/@.

De acordo com o analista da HN Agro, Hyberville Neto, o mercado futuro está trabalhando com baixas após operar por diversas sessões com altas ininterruptas. “Esse é um movimento do mercado em que muitos estavam comprando posições, mas em algum vão começar a vender e não terá muitos compradores. Isso acaba impactando as negociações”, informou o analista.

As negociações para os animais seguem firmes no mercado físico, mas com o recuo nos preços futuros é possível que tenha um impacto nas negociações dos animais. “Isso pode estimular o pecuarista a antecipar as negociações dos animais as indústrias frigoríficas”, comentou ao Notícias Agrícolas.

O analista ainda apontou que o mês de dezembro costuma ser mais tranquilo no mercado pecuário. “A tendência é que esse cenário futuro some a dezembro, que a partir do dia 10 de dezembro deve reduzir o ritmo de negociações, e os preços deem uma acomodada no mercado físico”, disse Neto.

O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias,  informou que o recuo pode ser em função da saída de animais de confinamento. “A expectativa é que no início de dezembro deve ter um aumento na saída de animais do confinamento, sendo que uma região deve entregar quase 20 mil animais  na primeira semana do mês e tem outros clientes nossos na mesma posição”, reportou ao Notícias Agrícolas.

A safras & Mercado ainda reportou que algumas indústrias também sinalizaram para o aumento da capacidade ociosa, diante de um mercado interno que já não tem mais capacidade para absorver sequenciais altas dos preços da carne bovina;

Mercado físico

Segundo as informações da Agrifatto, o cenário do mercado físico do boi gordo foi de valorização na maioria das praças. Com destaque para o Paraná, que, com o boi gordo cotado a R$ 336,00/@, indicou um avanço de 1,05% no comparativo diário. Já Tocantins foi para o lado oposto, sendo a única região monitorada a recuar, indicando uma desvalorização diária de 0,14% e finalizando o dia a R$ 311,32/@.

Segundo as informações do aplicativo AgroBrazil, os preços captados para o estado de São Paulo estão com valores entre R$350 e R$360  por arroba e as escalas segundo apuração ficaram em 7 dias úteis.

No Mato Grosso, o aplicativo captou registro entre R$340 e R$350,20 por arroba e as escalas segundo apuração ficaram em 7 dias úteis. Em Goiás, o aplicativo captou registro entre R$350 por arroba e as escalas segundo apuração ficaram em 4 dias úteis.

Em Minas Gerais, o aplicativo Agrobrasil captou registro entre R$350 e R$355 por arroba e as escalas segundo apuração ficaram em 6 dias úteis.

Confira as cotações completas AQUI

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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