Comercialização de soja paraguaia segue lenta, amparada pela queda nos preços internacionais
Em sua revisão de julho, a StoneX atualizou as estimativas para a safra 2023/24 de soja no Paraguai, totalizando a produção em 9,98 milhões de toneladas, considerando a soma da safra e da safrinha.
O principal cultivo de oleaginosa sofreu um leve corte, ficando em 8,93 milhões de toneladas, contra as 8,95 milhões de toneladas estimadas anteriormente. A variável de ajuste continua sendo a produção no Chaco, onde a produtividade foi novamente ajustada para baixo.
A safrinha de soja não sofreu modificações, uma vez que está finalizada. “Este ano os cultivos sofreram bastante, principalmente nos departamentos do norte da Região Oriental, como San Pedro, Caaguazú, Canindeyú e Alto Paraná. Em sentido contrário, os rendimentos tanto de Itapúa quanto do sul de Alto Paraná apresentaram os melhores resultados da temporada”, explicou a analista de inteligência de mercado do grupo em relatório, Larissa Barboza Alvarez.
Ainda segundo a StoneX, a comercialização de soja paraguaia estaria em torno de 76%, ainda abaixo da média dos últimos anos, enquanto no ano passado se observava 87%, e, no ano 2022, superava mais de 90% das vendas. “Isso se deve ao fato de que o produtor de soja já está com suas obrigações pagas e se encontra aguardando um melhor nível de preços em Chicago, para poder assim liquidar todas as suas posições físicas”, avaliou Larissa.
A analista destacou que uma particularidade deste ano, dadas as quedas nos preços internacionais, é que várias negociações estão sendo realizadas “em aberto”, o que significa que estão sendo fechados contratos de quantidade, mas não de preço. Isso quer dizer que grãos estão sendo transportados de silos particulares para as empresas exportadoras, mas estão aguardando até o último momento para realizar o acordo final de preço, aguardando variações positivas nas cotações do exterior.