IMEA: Preços do boi gordo seguem lateralizadas no estado do Mato Grosso

Publicado em 06/02/2024 12:05
IMEA destacou que preços apresentam dificuldade para sair da casa dos R$ 207,64/@

Logotipo Notícias Agrícolas

No estado do Mato Grosso, as referências para o mercado do boi gordo seguem lateralizadas, apresentando dificuldade para sair da casa dos R$ 207,64/@, e tiveram ajuste positivo de 0,14% na última semana. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA),  as escalas de abates reduziram 1,27% no comparativo semanal, e fecharam na média de 10,89 dias úteis, motivado pelo baixo apetite das indústrias na compra de novos lotes.

Ainda de acordo com o instituto, o aumento na demanda pela proteína bovina no início do mês, o dianteiro com osso do boi foi cotado a R$ 13,17/kg, incremento semanal de 1,28%.

No estado, o ágio da arroba do boi magro sobre a arroba do boi gordo atingiu, em jan/24, média de 10,67%, redução de 3,38 p.p. ante a jan/23. Por outro lado, o ágio da arroba da novilha sobre a arroba da vaca gorda é ainda menor, e em jan/24 ficou em 4,38%, menor ágio para o mês de janeiro desde 2021, com redução de 10,06 p.p. ante a jan/23.

“Esse recuo foi consequência da maior desvalorização nos animais de reposição, tendo em vista o excesso de oferta dessa categoria em MT. Para se ter ideia, a novilha saiu de R$ 264,62/@ em jan/23 para R$ 196,46/@ em jan/24, queda de 25,76% no comparativo mensal, ao passo que a arroba da vaca gorda reduziu 18,60% no mesmo comparativo”, comentou o IMEA em seu relatório. 

O instituto ainda destacou que o cenário de “congelamento” nos preços do boi gordo no último mês contribuiu com a melhora na relação de troca da reposição, favorecendo, principalmente, recriadores e invernistas no aumento do plantel.

Produção de Carne Bovina

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o Brasil deve produzir 10,84 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, isso representa um crescimento de 2,06% frente ao ano anterior.

A expectativa é que os Estados Unidos siga sentindo os efeitos da seca na região oeste do país, que reduziu a disponibilidade de pastagem e elevou o custo com alimentação. Com isso, o departamento projetou uma redução de 3,15% na produção de carne estadunidense neste ano, com volume final de 11,90 milhões de toneladas de proteína.

Ainda, além da seca, o intenso abate de bovinos nos últimos anos refletiu na estimativa de menor rebanho do país desde 1960, com 87,80 milhões de cabeças projetadas para 2024. Para suprir a demanda interna, o país deverá reduzir as exportações em 7,61% e aumentar as importações em 1,66%.

Segundo o Imea, esse cenário pode favorecer as exportações mato-grossenses, visto que em 2023 o país norte-americano aumentou 5,78% no volume de compras do estado.

Confira o relatório completo AQUI

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Contratos futuros do boi gordo encerram semana com leves altas na B3, apesar de sessão desta 6ª feira finalizar em campo misto Contratos futuros do boi gordo encerram semana com leves altas na B3, apesar de sessão desta 6ª feira finalizar em campo misto
A combinação de rusticidade do Gir e produção de leite do Holandês deram origem ao Girolando, destaque na produção leiteira
Controle do carrapato feito na pastagem, interrompe o ciclo do parasita e melhora eficiência na aplicação tradicional
Junho começa com encurtamento das escalas de abate, tendência de aumento nas demandas e até reação pontual da arroba
Estabilidade na arroba do boi e recuo nas escalas da abate são positivos para o mercado em junho
Scot Consultoria: Estabilidade nas praças pecuárias paulistas