Diferencial de base entre as praças Mato Grosso e São Paulo atingiu o maior patamar da série histórica, aponta Imea
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o diferencial de base entre as praças Mato Grosso e São Paulo atingiu o maior patamar da série histórica, na parcial de janeiro/24 (até 19/01) o indicador ficou em - 18,62% (maior que a média do último mês).
Desde out/23, a arroba do boi no Mato Grosso vem patinando, com ganho mensal na casa de R$ 1,00/@, e encerrou dez/23 cotada a R$ 204,71/@. Por outro lado, na praça paulista, o boi gordo apresentou maior sustentação nos preços, e no último mês foi cotado a R$ 253,71/@ (ambos a prazo e livre de impostos).
“Dessa forma, o indicador caminha para encerrar janeiro/24 com um novo recorde, tendo em vista que, em Mato Grosso, as escalas alongadas e a fraca demanda interna indicam que os preços se mantenham lateralizados”, informou o IMEA.
Redução no Custo
No estado do Mato Grosso, o Custo Operacional Efetivo (COE) para o sistema de recria engorda registrou uma redução de 27,54% no comparativo anual e ficou em R$ 197,00/@. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a redução foi influenciada pelo queda no custo com a suplementação e aquisição de animais que tiveram uma baixa de 23,99% e 37,71%, respectivamente.
O instituto ainda destacou em seu informativo semanal que a despesa com aquisição de animais saiu de R$ 156,93/@ vendida em 2022, para R$ 97,76/@ no 4º tri/23. “Esse movimento foi justificado pela intensa oferta de animais de reposição, o que pressionou os preços (favorecendo os invernistas)”, reportou o IMEA.
No caso da suplementação, é um ponto de atenção para os pecuaristas quanto ao custo de produção, mediante a possível redução na produção do grão em função do fenômeno climático El Niño, que pode resultar no aumento nos preços dos insumos.
Com relação às cotações da arroba, o mercado segue lateralizado e teve ganho de 0,71% no comparativo semanal, não demonstrando grandes alterações no interesse das indústrias pela proteína bovina. Além disso, a estabilidade se mantém também para o boi magro, que passou por ajuste positivo de 0,44% ante a última semana, com preço médio de R$ 2.749,00/cab.
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