Preços do boi gordo seguiram sob intensa pressão na primeira quinzena de agosto de 2023, aponta Itaú BBA

Publicado em 22/08/2023 16:01
Indicador Cepea acumulou queda de 6% nos primeiros quinze dias deste mês frente à média de julho

Os preços do boi gordo seguiram sob intensa pressão na primeira quinzena de agosto de 2023. O indicador Cepea acumulou queda de 6% nos primeiros quinze dias deste mês frente à média de julho, enquanto a carcaça casada caiu 2,8%. Com isso, o spread dos frigoríficos no mercado doméstico voltou a melhorar após leve acomodação em julho.

Para o mercado registrar uma recuperação nas cotações, é importante que os preços pagos pela a tonelada da carne bovina in natura exportada se recuperem um pouco, informou o levantamento realizado pelo Itaú BBA.

O banco ainda alerta que na China está ocorrendo um enfraquecimento dos preços locais da carne bovina, após um longo período em elevação. “O problema é que, como a moeda chinesa voltou a se desvalorizar, a pressão para reduzir os preços em dólares tem crescido. Até o ano passado, os preços da carne bovina no atacado chinês estavam firmes, apesar da desvalorização cambial ter pesado sobre os preços em dólares”, pontuou o Itaú BBA.

Na perspectiva do banco, o cenário para as exportações para a China seguem favoráveis nos próximos meses. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fez ajustes nas projeções globais de oferta e demanda por carne bovina, elevando a projeção da produção chinesa em 100 mil t (total de 7,5 milhões de t, aumento de 4,5% sobre 2022).

O crescimento anual da produção chinesa, da ordem de 320 mil t, será superior ao do Brasil (300 mil t). Ainda assim, a necessidade de importação da China foi mantida em 3,5 milhões de t, igual ao observado no ano anterior. “Para o Brasil, o Departamento estima aumento de 2,9% na produção e 5,2% nas exportações em relação ao ano passado. Acreditamos que a produção deve crescer mais que isso e as exportações menos”, reportou o Itaú BBA. 

Confinamento

O volume de gado terminado nos próximos meses deve ser superior ao do ano anterior. ”Apesar da percepção de que os confinamentos menores estão mais vazios, é possível que as operações maiores devam mais que compensar. Neste contexto, é importante que o lado da demanda não perca tração, sobretudo porque a oferta nos próximos meses será baseada em gado confinado, ou seja, que precisa sair da engorda intensiva tão logo esteja pronto, a despeito das condições de mercado”, concluiu.

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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